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Spectrum-EX - Halo 20 - Spectrum-EX vs Vila da Morte

 

Fala meus caros

Trago até vocês a terceira parte do confronto entre Spectrum-EX e os vilões da Vila da Morte.

 

Sinopse:

 

Miguel e seu mestre lutam desesperadamente contra mortos-vivos, mas a exaustão ameaça vencê-los. Para escapar, Miguel usa seus poderes para se tornar espectro, mas acaba desperdiçando energia ao confrontar a voz maligna que lidera os mortos. A revelação da trágica história da Rainha Louca traz à tona um plano sombrio contra Miguel, deixando-o à mercê de um exército implacável. A batalha pessoal e o confronto iminente mergulham Miguel em desespero e culpa, enquanto ele luta para manter-se firme contra o inferno que se desencadeia ao seu redor.

 

Boa Leitura!!!

 

⚔️Spectrum-EX vs Vila da Morte💀

📓Por Jeremias Alves PIres

📘Parte 3 — A Rainha Louca

 

Estou ferrado. Minha energia está acabando. Meu mestre, apesar de lutar bravamente, também está sendo vencido pela exaustão. 


Na esperança de escapar de meus algozes, mortos-vivos enfurecidos, atacando com uma maré infinita de desespero, valendo-me de meus poderes extra, desfiz minha forma física, passando do plano material para o espectral,  trazendo comigo meu mestre.

 

Por um breve instante, não mais que isso, senti alívio. Bastava passar tranquila, mas rapidamente por aquela multidão de malditos, recompor forças e voltar com tudo para acabar com eles. Misturado a névoa eterna que paira na dimensão fantasma, rostos demoníacos riem de mim. Aqueles zumbis, com certeza por conta de algum tipo de magia das trevas,  estendiam suas presenças também ao mundo astral. 

 

Acabei por desperdiçar ainda  mais o pouco de energia que ainda possuía. 

 

— Lutem, lutem meus filhos… Espalhem nossa vingança…

 

Uma voz de mulher ecoa pelo mundo dos mortos. Uma voz medonha, parecendo sentir prazer em todo aquele horror, inflamando a alma das aberrações para que cometam ainda mais atrocidades. 

 

— Quem é você?! Revele-se!!! Vamos… Venha me encarar!!!

 

Desafio a maldita voz que ecoa pela dimensão fantasma. O exército de mortos-vivos para e se ajoelha em adoração. O vento sopra forte, como o anúncio de uma tempestade. Cada parte do meu ser se arrepia, preparando-se para atacar, não por coragem, mas pelo mero instinto de sobrevivência, tal qual uma fera assustada. Então ela se faz ver diante de mim, não ela própria, mas sim uma materialização mental. Estou diante de uma mulher morta, vestida de noiva, cuja o branco do vestido que emana uma aura sobrenatural, contrasta com a pele de um cinza escuro que reflete toda treva na qual aquela alma imunda estava mergulhada. Seu olhos de um amarelo brilhante e perturbador se lançavam sobre mim cheios de insanidade.

 

— Credo, que escândalo! Estou meio morta, mas não estou surda… O que você quer? Não vá me pedir pra te poupar, meus meninos estão se divertindo muito, não quero deixá-los tristes…

 

— Cuidado com a palavras, Spectrum… Essa é a rainha deles… — Meu mestre adverte, temendo que meu sangue latino falasse mais alto como sempre faz, levando a uma nova batalha impossível de vencer, agora mais do que antes.

 

— Você é a responsável por toda essa barbárie? — Pergunto sem conseguir conter a indignação que me toma.

 

— Não tenho nada haver com a Barbie, mas eu sou sim uma boneca, você não acha? hahahaha… — A miserável brinca revelando que realmente é tão louca e perversa quanto demonstra.

 

— Porque? Porque tudo isso? Pra que tanta morte? — Ignoro a tirada e a encaro no fundo do olhar maligno, invadindo de fato todo o seu ser.

 

— É minha festa de casamento… Só isso…  Um grande banquete de casamento… — O tom de sua voz muda para o tom de quem quer se esconder tentando calar um lado de si que deseja se revelar, quase que num pedido desesperado de socorro.

 

No mundo dos espíritos não é possível mascarar as verdades tatuadas em nossas almas, ao contrário elas brilham como uma estrela na escuridão do anoitecer. O que vejo através dos olhos daquela criatura das trevas é uma história ainda mais terrível que sua aparência… Ela foi abusada, tratada como se fosse um produto locável em um ambiente sem uma dose sequer de afeto. As imagens dos “clientes”, tirando dela inocência e esperança, satisfazendo desejos muitas vezes cruelmente sádicos, arrasando um corpo da mais tenra idade, bem como sua mente. Deus… Como alguns de seus filhos podem ser tão opostos a sua face? São realmente seus filhos? Lágrimas rolam do meu rosto….

 

— Eu… Eu sinto muito… Ninguém deveria passar por isso, ainda mais sendo só uma criança… — Fico imóvel, mas uma vontade imensa de dar um abraço e aplacar todas as dores daquele ser moldado pelo pior que pode haver dentro dos homens, emana do meu coração com tamanha força que ela não tem como não sentir.

 

Ela fica em silêncio por um instante… Um instante no qual ela quase se rende… Quase…

 

— Você é bonzinho… Odeio gente boazinha… Pessoas boazinhas sempre me olharam com pena, mas nunca fizeram nada por mim… Sem falar dos que me olhavam com nojo, que igualmente nunca fizeram nada por mim… Bem, agora serei a última visão de todos eles… 

 

— Menina, deixe esse ódio todo de lado, caso contrário você nunca vai encontrar a paz de espírito que merece…

 

— Vou sim encontrar paz, vou levar paz para o mundo inteiro…  Para o mundo inteiro… Eu vou criar a sociedade perfeita, onde todos serão igualados pela morte… Que tal se juntar a mim? 

 

— Se tiver qualquer coisa que eu possa fazer para te ajudar a conquistar a paz, ficaria feliz em ajudar, mas não posso concordar com suas ideias turvas… Vou lutar contra você…

 

— Tudo bem, tudo bem. Sabe, acho que já ouvi falar de você… Uma parte desse show todo é pra te destruir, exorcista…

 

— Como é? — Não consigo acreditar nas palavras dela… Não consigo aceitar…

 

— Você ouviu, parte disso é sua culpa, você provocou demais os chefes lá de baixo, forçou a uma reação drástica… Enquanto conversávamos alertei meus generais sobre a sua localização, mas acho que eles nem vão chegar até você a tempo… Tem um belo exército de mortos-vivos vindo pra cá, chegarão em segundos… Foi bom bater papo com você, sabe, a maioria dos meus amigos só faz barulhos estranhos, são muito burros… Por favor, morra devagar e com muita dor… Tchauzinho…

 

A pouca energia que me resta é tão fraca que não consigo manter as formas de fantasma tanto minha, quanto a do meu mestre. Minha culpa? Tudo isso é só pra me pegar? Não pode ser… Não pode. 

 

— Miguel!!! Miguel!!! Sai dessa… Não deixe ela quebrar seu espírito de luta… Isso nos enfraquece… Lembra? 

 

As palavras do meu mestre são em vão… O que eu mais temia aconteceu… O inferno veio atrás de mim, fazendo um monte de gente inocente pagar por minhas afrontas aos senhores das trevas… A tristeza que me invade é tão grande, que minha armadura se desfaz, deixando para trás um mero humano que logo vai ser devorado por uma multidão de infeliz mortos…

 

— Miguel… Não!!!

 

Continua...

 

2 Comentários

  1. Além do confronto propriamente dito , temos uma grande batalha psicológica.

    Apesar das dores íntimas , a Rainha Louca é perversa o bastante para deixar Miguel nas cordas.

    Sua situação ficou muito difícil , num combate já vomolycsfocom.uma horda de mortos -vivos .

    Pelo visto, abalado em seu psicológico , se quiser sobreviver a essa investida , Miguel terá que reagir rápido.

    Chegamos ao ápice da narrativa .

    Parabéns !

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  2. Valeu meu amigo, como sempre é muito bom poder contar com o apoio da mind

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