Esquadrão Eletrônico Virtuaranger - Capítulo 6 - A Interface

 

MENU PRINCIPAL > MODO HISTÓRIA > CAPÍTULO 6

Capítulo #6 – A Interface

Simulacro City – Torre de Controle

- Uma outra dúvida, CyberMaster. – disse Sofia – Que Crashware, ou Dr. Victor Lage, quer dominar o Simulacro, nós já sabemos. Só que tem uma coisa: como ele vai estender esse sede de poder até o nosso mundo, o Concreto, a partir do Simulacro?

- Então, Sofia, existe uma forma de chegar ao Concreto a partir do Simulacro, na verdade, existe um lugar que fica entre o Simulacro e Concreto. Se Crashware chegar a este lugar, ele estará completamente desimpedido em conquistar o Concreto e ele será imbatível.

- E qual é o nome desse lugar? – perguntou Gabi.

- A Interface.

Os quatro Virtuarangers naturalmente ficaram surpresos com a informação e perguntaram em uníssono:

- Interface?!

- Sim, como eu disse, é o local entre o Simulacro e o Concreto. Os Desenvolvedores criaram este local para que as pessoas oriundas do Concreto que chegam ao Simulacro voltem ao Concreto. Em suma, se Crashware chegar à Interface com o seu exército de Bugs, chegará ao Concreto e o dominará sem qualquer impedimento.

- Nós seremos este impedimento! – disse um determinado Rodrigo.

- Hã, CyberMaster, onde fica essa tal Interface? – perguntou Cauê.

- Infelizmente, não estou autorizado a lhes fornecer a localização da Interface. – respondeu o homenzinho – Aliás, a informação é confidencial também para Crashware. Nessa questão, vocês e ele estão em igualdade de condições.

- Pelo visto, vamos ter que descobrir por nós mesmos. - comentou Sofia – Mas como é essa Interface? Quero dizer, como é o lugar?

- Então, Sofia, a Interface é composta por elementos do Simulacro e do Concreto, ou seja, uma combinação de tecnologia com componentes dos quais vocês estão familiarizados no Concreto. Não é um lugar muito grande, é o que eu posso garantir para vocês.

- Por que os Desenvolvedores não querem que a gente saiba onde fica a Interface, CyberMaster? – perguntou Gabi – Se a gente souber, podemos protegê-la de Crashware.

- Gabriela, não é tão simples quanto parece. Se vocês forem para a Interface, quem vai proteger o Simulacro?

- Ué, é só chamar mais um squad de Fantasy Legends. – retrucou a garota – Acho melhor chamar gente para somar.

- Gabriela e Virtuarangers, a missão de vocês é proteger o Simulacro e ponto final. Acho que já disse muito sobre a Interface e isso acabou lhes gerando mais dúvidas do que respostas.

- De fato. – concordou Rodrigo – Mas se nossa missão é essa, não podemos recuar. Certo, pessoal?

- Certo! – os outros responderam.

- Bem, acho que consegui esclarecer algumas dúvidas e gerar outras. Contudo, acho melhor vocês irem para seus quartos e estarem sempre alerta para qualquer ataque de Crashware.

- Certo! – responderam os Virtuarangers.

- Ah, já ia me esquecendo. Rodrigo, seu Pad Changer está completamento restaurado.

Então, CyberMaster entregou o objeto ao rapaz.

- Obrigado, CyberMaster. – agradeceu Rodrigo – Agora, estou pronto para a próxima!

- Não há de quê. – respondeu o homenzinho – Estão dispensados. Qualquer alerta, estejam aqui.

Os Virtuarangers assentiram e retiraram-se da Sala de Controle.

***

Em seus respectivos quartos, os Virtuarangers estavam comentando as revelações de Cyber Master comunicando-se pelos Pad Changers.

- Cara, eu ainda não estou acreditando! CyberMaster é uma IA! – disse Sofia.

- E mais do que isso, Sofia. – completou Cauê – Crashware foi um dos Desenvolvedores e é um humano como nós.

- Sobre isso, acho que os Desenvolvedores foram um tanto ingênuos em aceitar o tal Dr. Lage como cobaia de entrar no Simulacro, porque ele acabou virando Crashware e agora quer dominar isso tudo daqui e o nosso mundo. – argumentou Gabi.

- Para isso, temos que proteger o Simulacro e impedir que Crashware encontre a Interface. – disse Rodrigo – Se a gente ao menos soubesse onde ela fica... Uma pena que os Desenvolvedores não autorizam CyberMaster em falar...

De repente, o alarme soou pelos quartos e rapidamente os Virtuarangers saíram dos quartos. Eles retornaram à Sala de Controle e CyberMaster disse a eles:

- Há uma perturbação no ponto 2-4-2, justamente no ponto onde vocês tiveram a primeira batalha.

- Perturbação? – perguntou Rodrigo – Então, não é um casulo?

- Se fosse um casulo, eu falaria, mas é algo diferente. Vão lá averiguar imediatamente.

- Certo! – disseram os Virtuarangers.

- Vou enviá-los para o ponto. Boa sorte, Virtuarangers!

Então, CyberMaster apertou um botão no console e os Virtuarangers desapareceram da Torre de Controle.

Simulacro City – Ponto 2-4-2

Como CyberMaster disse, os Virtuarangers, já com os trajes, voltaram para onde eles destruíram o primeiro casulo. Assim como naquela vez, estava de noite e aquele local estava cercado de prédios com gigantescas telas de LED. A diferença é que não havia casulo e nem Bugs.

- Está tudo muito tranquilo... Tem algo errado. – disse Rodrigo.

Entretanto, a tranquilidade foi interrompida quando todas as telas de LED exibiam uma única imagem: o símbolo de Lorde Crashware.

- De novo isso? – lamentou Cauê.

Uma voz saiu das telas. Era de Crashware, que dizia:

- Saudações, Virtuarangers! Estamos de volta onde tudo começou. E onde tudo terminará para vocês! Hahaha!

- Não conte com isso, Crashware, ou melhor, Dr. Victor Lage. – disse Rodrigo – Sim, nós sabemos quem é você de verdade, lorde de araque.

- Hum, então, CyberMaster contou tudo a vocês, ou quase tudo, já que há certas informações que os outros Desenvolvedores omitem. Porém, não vamos ligar para isso, por enquanto. A questão é que vocês serão destruídos aqui e agora. E então, o caminho para o meu domínio do Simulacro estará livre e o Concreto também será meu.

- Não vamos deixar, Lage! – disse Sofia – Aliás, por que não fala diretamente com a gente, seu covarde?

- Para que, VirtuaYellow, se eu posso mandar um, digamos, representante? Ele será responsável pela destruição de vocês. Ah, eles está a caminho. Por gentileza, sejam respeitosos com ele, porque ele não será. Hahaha! Até nunca mais, Virtuarangers! Hahaha!

Após a despedida, o símbolo de Crashware desapareceu das telas.

- Representante? – perguntou Rodrigo – Quem será, o Dr. Glitcher?

- Se for, aquele velho não vai ter chance com a gente. – disse Gabi.

De repente, eles ouviram um barulho. Porém, não foi um barulho qualquer, foi uma espécie de zumbido... Um zumbido ensurdecedor... E eis que ele surgiu, sobrevoando o ponto 2-4-2, com sua forma escura e aterrorizante, o MegaBug!

A criatura lembrava um Bug comum, mas era como se um Bug ficasse gigante. O MegaBug tinha, para efeito de comparação, o tamanho de um helicóptero e era tão barulhento como um. Naturalmente, os Virtuarangers estacaram por um instante, admirados com a criatura.

- Uau, um Bug ultragigante! – exclamou Rodrigo – O tal representante de Crashware realmente impõe respeito.

- É, mas não podemos ter medo dele. – disse Sofia – Vamos nessa!

- Espere, Sofia. Não seja “Leeroy Jenkins” agora. – advertiu Cauê – Temos que ter uma estratégia para atacar esse bicho.

- Ele está vindo para cá! – avisou Gabi.

De fato, o MegaBug aproximava-se dando um rasante, fazendo com que os heróis se abaixassem e corressem para outro canto.

- Muito bem, qual é a estratégia, Líder? – perguntou Sofia a Rodrigo.

- Por enquanto, nos esconder. – respondeu o VirtuaRed.

O MegaBug seguia dando rasantes e os Virtuarangers seguiam correndo até acharem um local onde não estavam na visão do MegaBug.

- CyberMaster, achamos a tal perturbação. Um Bug gigantesco! – disse Rodrigo – E ele não precisa do casulo! O que faremos, CyberMaster?

- No momento, é atrasá-lo para não causar danos à cidade. – respondeu CyberMaster – Preciso analisá-lo para encontrar um ponto fraco.

- Certo. Câmbio, desligo.

Voltando-se para os outros, Rodrigo disse:

- Vocês ouviram, temos que atrasar o bicho e para isso, precisamos usar as pistolas. Não se esqueçam de pegar cobertura.

- Certo! – disseram os outros.

Então, eles sacaram as pistolas, atiraram contra o MegaBug e recuavam, escondendo-se atrás de algum prédio. E assim foi indo, até a criatura lançar seu raio ocular. O poder do raio era tão grande que fez com que os Virtuarangers saíssem de seus esconderijos e os atingirem.

- Droga, só esse ataque reduziu nossa Vida Útil em 50%! – informou Cauê – Ele é muito poderoso!

- Temos que ser prudentes, pessoal. – alertou Rodrigo – Mais um ataque dele e nossos trajes vão para o saco.

Os outros assentiram e os Virtuarangers continuavam com a estratégia de atirar e recuar. Contudo, eles chegaram em uma praça onde não havia lugar para se esconder.

- Droga, e agora? - lamentou Rodrigo.

A resposta foi o MegaBug aproximando-se deles e preparando mais um raio ocular.

- Rápido, atrás do escudo! – bradou Cauê.

Os outros Virtuarangers foram para atrás do VirtuaShield de Cauê e a criatura lançou seu raio na direção dos Virtuarangers. Contudo, o escudo não suportou o ataque e partiu-se em dois. O impacto fez com que os heróis fossem lançados para longe. Os trajes deles acabaram sendo desativados, ou seja, reduzindo a Vida Útil dos trajes para 0%...

Após o ataque, o MegaBug levantou voo e seguiu em frente.

Ilha Lagstone – Mansão Crashware

Lorde Crashware e Dr. Glitcher estavam acompanhando a batalha dos Virtuarangers contra o MegaBug por uma tela. O cientista apontava para a tela e dizia, triunfante:

- Não disse, milorde, que só precisava de um Bug para derrotar os Virtuarangers?! Eles não tiveram a menor chance contra o MegaBug!

- Realmente, doutor, o MegaBug foi capaz de acabar com os pestinhas de CyberMaster. – concordou Crashware - Acho que os outros Desenvolvedores se arrependeram amargamente em convocar crianças para tentar me derrotar. Agora, o caminho para conquistar o Simulacro está completamente livre! Hahaha!

CONTINUA...