CAPÍTULO II
FOGO VIVO
O silêncio pesado que pairava entre Kael e Efram naquela manhã foi abruptamente rasgado por um som metálico e estridente. As sirenes do vilarejo berravam, um eco agudo que reverberava nas paredes frágeis das casas e fazia o chão de sucata tremer.
Efram se virou de sobressalto, o rosto empalidecendo ainda mais.
— Não… não pode ser agora…
Do lado de fora, vozes se erguiam em desespero. Portas batiam, passos apressados soavam nas ruas estreitas. Mulheres chamavam por filhos, homens corriam atrás de lanças improvisadas e rifles oxidados. Um coro de medo crescia, alimentado pelo som cada vez mais próximo de algo pesado se movendo além das muralhas.
Kael se levantou da cama improvisada, os olhos ainda vermelhos do pesadelo. Mas agora não havia sonho. Aquilo era real. O ar estava carregado, vibrando com uma presença hostil.
— O que é? — sua voz saiu grave, rouca.
Efram não respondeu de imediato. Caminhou até a fresta da janela, puxou a cortina improvisada e olhou para fora. Suas mãos tremiam.
— Uma criatura dos desertos — disse enfim, com um fio de voz. — Um Rasga-ossos.
Como para confirmar suas palavras, um rugido ensurdecedor cortou o ar, tão profundo que parecia arrancar o fôlego de todos no vilarejo. O impacto veio em seguida: as muralhas de ferro-velho e madeira se curvaram sob a primeira investida da fera.
A terra tremeu. Pedaços de ferragem caíram no chão. Gritos ecoaram ainda mais altos.
Kael estreitou os olhos, sentindo sua própria energia começar a pulsar sob a pele, queimando como brasa viva.
A muralha cedeu, explodindo em estilhaços de ferragem e poeira, revelando a criatura.
Um elefante, ou ao menos algo que um dia fora.
A pele, grossa e rachada, estava coberta de placas de osso e bolhas carmesim que pulsavam como corais vivos. Presas deformadas se projetavam em ângulos impossíveis, uma delas partida, a outra alongada demais, perfurando o próprio solo quando ele avançava. Seus olhos, duas órbitas amareladas e turvas, queimavam de raiva insana.
O Rasga-ossos.
O vilarejo entrou em pânico. Pessoas correram em todas as direções, mas algumas não tiveram tempo. Com uma trombada, a besta lançou uma carroça inteira contra uma fileira de casas, esmagando quem estava no caminho. O sangue escorreu rápido pela poeira seca. Gritos se confundiam com os estrondos.
Um grupo de homens tentou reagir, disparando balas enferrujadas contra a massa colossal. O som metálico ecoou, mas os projéteis ricochetearam nas placas ósseas do monstro, que respondeu com mais um rugido, esmagando três deles sob as patas grotescas.
Efram caiu de joelhos perto da janela, em choque.
— É o fim… não temos como parar isso…
Kael se levantou. O coração batia como um tambor, mas não era medo. Era a energia dentro dele, despertando, pulsando como um trovão prestes a cair. Seus olhos ardiam, o ar ao redor parecia vibrar.
Ele sabia que não poderia mais se esconder.
Se não agisse, ninguém restaria em Torghan.
O Rasga-ossos avançou mais uma vez, derrubando uma parede inteira de metal enferrujado como se fosse papel. O chão tremeu com o peso da criatura, cada passo reverberando como um trovão de morte.
Kael correu para fora, o vento seco trazendo o cheiro de sangue e ferrugem. Os gritos ecoavam ao redor, mas ele não os ouvia mais — toda a sua atenção estava na fera.
As veias em seu pescoço se destacaram, e seus olhos adquiriram um brilho intenso, como brasas incandescentes.
Kael era um Psycher.
Um pirocinético.
A pirocinése não era apenas a criação de fogo, mas o domínio de um princípio invisível: fazer as moléculas do ar vibrarem até entrarem em atrito, até que a fagulha invisível se tornasse chama. Kael não precisava de fósforo ou combustível. Apenas de foco, raiva… e a sua mente.
O Rasga-ossos ergueu a tromba deformada e a golpeou contra ele. O ar se despedaçou num estrondo. Kael rolou para o lado no último segundo, sentindo o vento quente e o choque da pancada passando a centímetros de seu corpo. O chão se abriu onde o golpe caiu, rachando como se tivesse sido atingido por um martelo de ferro.
Kael ergueu a mão. O ar em torno de sua palma começou a ondular, vibrar. Num estalo repentino, chamas surgiram, crescendo em uma esfera incandescente. Ele lançou a primeira bola de fogo direto contra a lateral do monstro.
O impacto iluminou a rua em um clarão vermelho. A pele grotesca do Rasga-ossos pegou fogo por um instante, mas a criatura apenas rugiu ainda mais alto, sacudindo as chamas como quem afasta moscas. As bolhas carmesim em sua carne explodiram ao calor, espalhando um líquido espesso e fétido que fez os aldeões gritarem de nojo.
O monstro investiu de novo. Kael saltou para trás, disparando outra esfera flamejante, desta vez mirando nos olhos turvos da fera. O Rasga-ossos virou a cabeça no último segundo, e a bola de fogo explodiu contra sua presa partida, estilhaçando parte do osso.
A criatura uivou, um som que fez o peito de Kael vibrar de dor.
Ele mal teve tempo de reagir quando a pata colossal desceu sobre ele.
Kael mergulhou no chão, rolando entre a poeira e os destroços. A pata esmagou o espaço onde ele estivera um segundo antes, levantando uma nuvem de pó e pedaços de metal retorcido. O Psycher tossiu, os pulmões queimando, mas ergueu o braço outra vez. As chamas responderam.
O Rasga-ossos cambaleou, parte da carne ainda ardendo nas chamas, mas não parava. O ódio parecia dar-lhe mais força. De repente, a tromba deformada chicoteou pelo ar, num arco devastador.
Kael tentou recuar, mas não foi rápido o bastante. O golpe o atingiu em cheio no torso, lançando-o contra uma parede de ferragens. O impacto arrancou-lhe o ar dos pulmões e fez o metal retorcido gritar ao se dobrar.
Ele caiu de joelhos, cuspindo sangue.
Os aldeões gritaram, alguns em desespero, outros em fúria, tentando distrair a fera com tiros e lanças. Nada surtia efeito. O Rasga-ossos avançava novamente, a pata grotesca erguida para esmagá-lo de uma vez por todas.
Kael ergueu o rosto ensanguentado. E então, sentiu.
Aquela energia familiar, ardendo sob a pele.
As moléculas vibravam ao seu redor, chamando, implorando para serem usadas.
Mas havia algo além: uma pressão crescente dentro de sua mente, como um tambor que batia cada vez mais rápido, tentando explodir.
O ônus dos Psychers.
Quanto mais poder ele evocava, mais o limite se aproximava — e além dele, só existia o Frenesí Psíquico. Um estado em que a mente se despedaçava sob o peso da energia, transformando o portador em nada mais do que uma fera instintiva, consumida pelo próprio poder.
Kael fechou os olhos por um instante, sentindo o calor crescer. A dor do golpe sumiu, substituída por uma onda de adrenalina e fúria. Quando abriu os olhos, eles queimavam em vermelho vivo, as pupilas reduzidas a meros pontos de brasa.
O ar ao redor dele se inflamou em chamas dançantes.
O Rasga-ossos atacou, mas Kael ergueu os braços e liberou uma explosão de fogo que varreu a rua como um vendaval incandescente. A criatura rugiu, recuando por um instante, o corpo inteiro coberto de labaredas.
A multidão assistia em silêncio atônito. Aquilo não era humano.
Kael respirava ofegante, os músculos tremendo, a mente latejando como se fosse se partir em dois. As chamas em suas mãos não se apagavam — elas cresciam sozinhas, famintas, como se já não obedecessem totalmente à sua vontade.
Ele estava perto demais da borda.
Mais um passo, e não haveria volta.
Kael respirava como um animal acuado, cada inspiração ardendo dentro do peito. A chama em suas mãos já não era apenas invocada — ela brotava de sua pele, vazando por cada poro como se o próprio corpo fosse um braseiro prestes a se desfazer.
O Rasga-ossos avançou de novo, mas Kael não recuou. Ele se lançou à frente, um grito gutural escapando de sua garganta, e a explosão incendiária que se seguiu varreu não só a criatura, mas também uma das casas de madeira próximas. Gritos ecoaram quando o fogo lambeu as paredes e moradores desesperados correram para salvar quem estava dentro.
Kael não percebeu. Ou, talvez, não se importasse.
Seu corpo agora estava tomado. As chamas se erguiam em torno dele como uma segunda pele, moldando sua silhueta num espectro de pura fúria. Um humanoide de fogo, iluminando a manhã pálida de Torghan com uma luz infernal. Seus olhos, antes vermelhos, agora eram duas brasas líquidas, sem emoção, sem humanidade.
O Rasga-ossos rugiu e desceu a tromba sobre ele. O golpe acertou em cheio, mas em vez de esmagar, atravessou as chamas — e a carne do monstro foi consumida no contato. O cheiro de carne queimada encheu o ar, sufocante.
Kael respondeu com outra investida, girando os braços em um arco. Labaredas se desprenderam de seu corpo como chicotes, cortando o ar e atingindo tudo ao redor. Dois homens que tentavam escapar foram pegos de raspão, caindo no chão com roupas em chamas, gritando em agonia.
— Kael! — a voz de Efram ecoou em algum lugar atrás dele. Mas o Psycher não ouviu.
O Frenesí estava tomando conta.
O Rasga-ossos, enfurecido e em chamas, tentou esmagá-lo novamente, batendo as presas contra o chão, mas Kael apenas ergueu os braços para o céu. O ar vibrou, o calor tornou-se insuportável, e então surgiu um turbilhão de fogo.
Chamas rodopiavam em espiral, um vórtice incandescente que sugava poeira, destroços e a própria criatura. O Rasga-ossos foi envolvido pelo inferno giratório, rugindo enquanto sua pele estourava em bolhas e seus ossos se partiam sob o calor extremo. O cheiro de morte e carvão encheu cada canto do vilarejo.
Em segundos, o monstro não passava de cinzas espalhadas pelo vento.
O silêncio caiu pesado sobre Torghan.
Moradores olhavam estarrecidos, alguns em lágrimas, outros em puro pavor.
E Kael, ainda envolto pelas chamas, virou-se lentamente em direção a eles.
Seus olhos ardiam como sóis em miniatura. Seu corpo, uma silhueta viva de fogo.
Por um instante, parecia que não havia mais diferença entre inimigo e inocente.
Naquele estado, para Kael, todos eram apenas combustível.
E quando deu o primeiro passo em direção à multidão, muitos gritaram — acreditando que agora seriam os próximos.
O silêncio que seguiu a morte do Rasga-ossos era irreal. O vento carregava cinzas ainda incandescentes, que se espalhavam sobre as ruas de Torghan como neve negra. O calor da batalha permanecia impregnado, transformando o ar em uma fornalha difícil de respirar.
Kael estava de pé no centro, ainda envolto pelas chamas. Cada movimento seu fazia labaredas saltarem para os lados, incendiando telhados e postes improvisados. Seu peito arfava, a respiração pesada mais parecendo o resfolegar de uma besta do que de um homem.
As pessoas, paralisadas pelo horror, recuavam em silêncio. Mães puxavam os filhos para trás, homens armados baixavam suas lanças e rifles — não havia coragem nos olhos deles, apenas medo.
Então, alguém quebrou o silêncio.
— Monstro… — a voz de um aldeão, rouca, trêmula, mas carregada de ódio.
Kael virou o rosto, lentamente, e encontrou o olhar daquele homem. Um sobrevivente marcado pela guerra, a pele queimada em cicatrizes, talvez já sem família, sem esperança. E agora, sem razão.
O estalo seco ecoou como um trovão.
Um disparo.
A bala atingiu Kael no ombro, atravessando carne e chamuscando o tecido incandescente de seu corpo. Ele se curvou por um instante, e o sangue jorrou — só que ao tocar o chão, se evaporou em fumaça negra.
Houve um segundo de silêncio.
Depois, Kael ergueu a cabeça.
E rugiu.
O vilarejo inteiro pareceu estremecer. A chama que o envolvia explodiu, tomando novas proporções, e em questão de instantes Kael não era mais apenas um homem em chamas — era uma figura titânica de fogo, um espectro humanoide que mal cabia dentro das ruas estreitas de Torghan.
Ele ergueu a mão direita, e com um gesto simples, lançou uma onda de fogo que atravessou a praça. Três casas de madeira se incendiaram de uma vez, desmoronando sob o calor brutal. Pessoas gritavam, algumas presas sob destroços, outras tentando arrastar os corpos dos feridos.
Kael não via mais rostos.
Via silhuetas.
Sombras que se contorciam.
Combustível.
O aldeão que disparara contra ele tentava recarregar sua arma com as mãos trêmulas, mas não houve tempo. Kael avançou como uma avalanche flamejante e, num único movimento, lançou uma esfera de fogo do tamanho de um homem. O impacto reduziu o atirador a uma pilha de cinzas fumegantes.
Gritos de horror ecoaram pela praça. Agora ninguém tinha dúvidas: a fera não era o Rasga-ossos. Era o Psycher.
Efram assistia em choque, o coração martelando. Por um instante, pensou em fugir junto com os outros. Mas alguma coisa mais forte o manteve ali. Ele conhecia aquele olhar, mesmo por trás das labaredas — o olhar de alguém que ainda lutava contra si mesmo.
— Kael! — sua voz cortou o caos, desesperada. — Você não é isso!
O Psycher se virou, o fogo ondulando como um manto vivo ao seu redor. Efram engoliu em seco. Por um instante, teve certeza de que seria queimado vivo. Mas mesmo sob as chamas, havia algo nos olhos de Kael — um lampejo, frágil, de humanidade.
Ele lutava. Lutava contra a maré que o puxava para o Frenesí.
Mas o poder não parava de crescer. O chão rachava sob seus pés, o ar parecia distorcido pelo calor, e cada respiração era um rugido. As chamas giravam em espirais, tentando escapar do controle, querendo consumir tudo.
Efram se aproximou, mesmo quando o calor queimava sua pele e tornava difícil respirar.
— Você me salvou lá fora, lembra? — sua voz vacilava, mas não parava. — Se fosse só um monstro, você teria me deixado morrer no deserto!
Kael cambaleou, como se a memória estivesse distante, enterrada sob a fúria. Sua respiração se descompassava, alternando entre a mente que queria ceder e o corpo que queria destruir.
Atrás dele, mais casas desabavam em chamas. Pessoas gritavam por socorro, mas ninguém ousava se aproximar.
— Olhe pra mim! — Efram gritou novamente, a voz agora carregada de desespero. — Não são eles que estão no controle! É você, Kael! Você escolhe!
O Psycher tremeu, as chamas oscilando, como se hesitassem por um instante.
Mas então, um grito feminino cortou o ar — uma criança, presa em uma das casas em chamas, clamava pela mãe.
Kael virou o rosto. As chamas em seus olhos vacilaram.
Por um instante, parecia que a fera recuava. Mas o Frenesí ainda pulsava, exigindo destruição, exigindo sangue. Sua pele ardia, sua mente se despedaçava entre duas escolhas: ser homem… ou ser fogo.
As chamas ainda rugiam em torno de Kael, famintas, girando como serpentes vivas. O Frenesí o chamava, pedindo que cedesse de uma vez, que queimasse tudo, que transformasse Torghan em cinzas.
Mas então, de novo, o grito da criança.
Ele virou o rosto, os olhos ardendo em vermelho, e a viu: pequena, os cabelos cobertos de fuligem, presa sob vigas em chamas, chorando e clamando pela mãe.
Kael fechou os olhos. Inspirou fundo.
E, com um esforço sobre-humano, começou a sufocar o fogo dentro de si.
As labaredas que envolviam seu corpo se agitaram, resistindo, como se tivessem vontade própria. Ele gritou, não de dor, mas de esforço, como quem puxa correntes invisíveis para dentro do peito. Pouco a pouco, a muralha de chamas que o cercava se contraiu, até restarem apenas fagulhas, dançando no ar em volta de seu corpo suado e exausto.
Cambaleando, Kael atravessou a fumaça até a casa em chamas. Com um único gesto, concentrou o fogo que restava em suas mãos e abriu um caminho incandescente através dos destroços, criando uma fenda por onde entrou.
Minutos que pareceram eternos se passaram, até que ele surgiu novamente.
Nos braços, carregava a criança, tossindo, mas viva.
Ele a entregou à mãe, que o recebeu em lágrimas, abraçando a filha com força. Mas o olhar que lançou a Kael não foi de gratidão. Foi de medo.
E não foi só ela.
Cada rosto em Torghan o fitava da mesma forma: olhos arregalados, lábios tremendo, alguns com ódio, outros com pavor absoluto.
Para eles, o Rasga-ossos havia sido apenas mais uma besta vinda do deserto. Mas Kael… Kael era um monstro de dentro, algo que podia surgir a qualquer instante e destruir tudo o que tinham.
Eram os olhos de julgamento.
Os olhos que diziam que ele nunca seria bem-vindo.
Kael ficou parado por um instante, os punhos cerrados, o peito ainda arfando. Depois, lentamente, se virou em direção ao portão do vilarejo.
O sol começava a se erguer no horizonte, tingindo o deserto de vermelho. A fumaça subia atrás dele, enquanto Thorgan ardia em brasas.
Sem dizer uma palavra, ele caminhou.
Cada passo ecoava no silêncio, até sua figura se reduzir a uma sombra distante.
E quando enfim desapareceu no deserto, só restaram as chamas crepitando e o medo gravado no coração de todos.
6 Comentários
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ResponderExcluirA história seguiu um caminho que eu não tava esperando.
ResponderExcluirAchei que haveria mais desenvolvimento de personagem, talvez com um ou outro flashback, mas você optou por uma cena de ação espetacular, que mostrou um monstro incrível que, por usar de base um animal que conhecemos, ficou fácil de imaginar como seria esse Rasga-Ossos.
e, mais impressionante que ele, foi mostrar como o Kael poder realmente ser perigoso para os que estão à volta e, mesmo se controlando o suficiente para salvar uma criança, não dá prá tirar totalmente a razão dos moradores da vila para ficar com medo, o que ajudou na decisão dele de ir embora.
Uma narrativa impecável cara. De novo. Parabéns!
Mais ação vira nos próximos capítulos....
ExcluirUm claro exemplo do que foi dito no capítulo anterior do que aconteceria a um Psycher se por acaso ele cedesse ao frenesi. Como Kaen é um pirocinético, era óbvio que tudo acabaria em um inferno escaldante, e o Rasga-ossos é um exemplo de besta corrompida, como um Bereskarn, da franquia Dragon Age, que é um urso corrompido pela energia sombria dos darkspawn.
ResponderExcluirSe por acaso temos um Rasga-ossos, tenho duas possibilidades: ou ele foi criado pelo clima, sendo mais uma vítima da catástrofe, ou alguém poderoso o suficiente para manipular seres vivos e transformá-los em monstros.
Sua narrativa e descrição foram impecáveis, assim como no primeiro capítulo. Mas também notei que você fez menos descrições físicas e mais psicológicas, do que Kaen sentia enquanto o frenesi o tomava.
Achei isso sensacional, e ainda acho que a história está escondendo muita coisa, do qual eu espero ansioso para descobrir com os próximos capítulos.
Obrigado por compartilhar o seu conto conosco.
Realmente o Bereskarn foi uma ótima lembrança. E será que teremos algum ser que é capaz de criar tais aberrações, ou será que o próprio ambiente inóspito em que os seres estão expostos foi a causa de uma mutação....
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