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Esquadrão Mítico Tupangers: Capítulo 15




E aí, pessoal, tudo bem?

Demorei mais um pouquinho, mas aqui está o capítulo 15 de Tupangers. Será que vamos ter lenha na fogueira? Quem sabe... Vamos nessa!

15. O amor é força?

Finalmente os Tupangers estavam de volta ao plano mítico atual, e estavam aliviados de tudo estar do jeito que deveria estar (poderia estar melhor, mas ao menos não estava mais do jeito apocalíptico que a equipe encontrou na outra dimensão). Cada um sentiu seu animal mítico e foi conversar com este.

Mas todos estavam feridos. 

Não física, mas mentalmente falando.

O ataque de Varpo foi muito mais danoso do que todos pensaram.

E, para piorar: Iúna não estava presente. Mesmo Eduardo e Débora, que estavam acostumados com a ausência do guardião (que sempre estava em busca do restante da equipe), sentiam que desta vez era diferente. Até mesmo Tupã entendia que a mente humana era frágil, e que Japeusá havia ido longe demais.

Quem estava melhor por não ter baixado a guarda era Fábio. Ele tinha desconfiado que algo de muito errado não estava certo, e apenas isso que o confortava. Não era um sentimento bom, mas havia protegido sua mente. E Tupã também percebeu isso, percebendo que tinha feito algo que não era justo em tempos de guerra, não com Japeusá a solta.

Aproveitou-se de um momento em que Fábio tinha acabado de falar com a Arara Azul e observava o horizonte daquele mundo místico, disse com o pensamento ao longe.

Tupã: Perdão, meu filho.

Fábio olhou abismado para seu patrono. Ele percebeu que era sobre o conselho dado antes, sobre aproveitar as vitórias após uma batalha árdua, sendo que logo depois de eles terem derrotado Takhal, não houve muito tempo para descansar com o ataque de Varpo.

Fábio: Não há o que perdoar, Grande Tupã. Nenhum de nós sabia dos planos de Japeusá, que explorou o nosso cansaço e se aproveitou da nossa natureza humana. Por isso mantive minha guarda alta. Eu realmente entendi o que você quis dizer com relaxar um pouco, mas o nosso inimigo não nos dará descanso enquanto não o vencermos de uma vez por todas.

Tupã sorriu para seu subordinado. Ele realmente entendia o que era aquela guerra, do que o inimigo era capaz. O deus-líder do panteão estava feliz com seu representante.

Ele era realmente um bom líder.

Fábio: Mas o que posso fazer por eles, meu patrono? Tenho certeza de que eles não estão bem.

Tupã olhou para Fábio com orgulho. Em seguida, pensou. O que poderia ser feito para que os Tupangers pudessem se recuperar daquele baque?

Tupã: Nada me ocorre no momento, meu filho. Creio que é algo que eles mesmos vão ter de descobrir por si mesmos o que fazer.

Fábio se curva a Tupã em respeito a ele, e o deixa com seus pensamentos.

Fábio anda calmamente até onde estão cada um dos amigos e diz que estava na hora de voltarem para o plano humano. Após isso, eles se despediram de Aiyra e se teleportaram para seus lares.

Ao passo que cada um foi para casa, cada um pensou sobre o que havia acontecido, e tudo o que poderia ter sido feito para evitar tais acontecimentos. Eles sabiam que tinham se esforçado, mas ainda assim o pensamento que lhes veio à mente era de que não haviam se esforçado o suficiente.

Iúna voltou pouco depois de todos terem saído, e não estava sozinho. Aiyra entendeu porque Caupé o havia escolhido, aquela garota seguramente não teria seguido outra garota. Na visão da guardiã, ela fazia o tipo oferecida, que conversaria melhor com um homem, e depois de entender melhor a situação, aí sim ela se daria bem com outras garotas.

Precisamente igual à deusa.

Não demorou muito para que a mesma aparecesse, afinal de contas, era sua representante que estava ali à frente. Tupã, Guaraci, Ceuci, Anhum, Picê, Anhagá e Yara vieram dar boas vindas à companheira, que já deu um belo beijo em Anhum.

Iúna percebeu que isso poderia influenciar algo entre os discípulos, mas era melhor guardar para si naquele momento. Não era preciso ver a influência que os deuses poderiam marcar nos humanos.

Iúna: Precisamos reunir os Tupangers novamente, meu líder. Eles têm de saber que estarão mais poderosos. - Iúna estava empolgado, sabia que os guerreiros do natural estavam com problemas depois da luta contra Varpo, e pensando que a chegada de uma nova parceira poderia dar-lhes ânimo...

Tupã: Não, guardião. Tenha certeza de que faz muito pouco tempo do ocorrido, e nenhum deles vai querer vir ver uma nova parceira, por mais formosa que ela seja. Vamos dar tempo para que descansem. Enquanto isso... Isis, certo?

A garota olhou para o lado e quase não entendeu que o deus mais poderoso estava falando com ela.

Isis: É comigo que está falando, ó grande Tupã?

Tupã: Sim, garota. Enquanto não podemos apresentar-lhe devidamente ao restante da equipe, peço que permaneça aqui, para treinar, para entender melhor os poderes que Caupé vai lhe conceder, e o que você poderá fazer em meio ao trabalho de equipe.

Isis entendeu que a batalha anterior de seus agora companheiros deve ter sido muito, mas muito difícil para que o próprio deus líder do panteão, conforme havia lhe contado Iúna, ter pedido para deixar para depois.

Ela apenas assentiu com um aceno de cabeça e começou a treinar.

Todos seguiram suas vidas, deprimidos, Japeusá não fez quaisquer outros movimentos até o presente momento, a derrota aparentemente rápida de Varpo o deixou também pensativo, achando que não conseguiria seu intento, então parou para pensar, reconstruir suas ideias.

Poderia reciclar um dos monstros antigos utilizados para na luta contra os paladinos da justiça? Não. Eles não eram burros, derrotariam esses monstros rapidamente, já tinham pego o jeito, e ainda mais, tinha aquele nerd que gostava de guardar registros de todas as batalhas...

Acionaria um dos três cavaleiros remanescentes? Arriscado. Eles haviam selado Takhal com maestria, e ele não queria perder mais um deles. Isso comprometeria, e muito, seu plano.

Traria Varpo de volta, já que ele apenas apareceu pouco, eles não teriam tempo de relembrar qual a aparência dele? Plausível. O dano causado por ele tinha sido muito bom... Mas era preciso dar tempo para que esquecessem do que aconteceu, estava muito recente.

...

Passou-se um mês daquela luta, eles trabalharam normalmente (com as restrições do que Takhal havia causado, a vacina ainda não era para pessoas da idade deles e seus parentes mais velhos haviam sido vacinados). Ainda estavam com problemas para superar, mas já estavam mais fortes.

Foi quando Anhum não aguentou mais. Chamou seu representante por conta.

Anhum: Alexandre.

O Tupanger se assustou, seu patrono nunca o havia chamado assim.

Alexandre: Posso ajudá-lo, ó grande Anhum?

Anhum: Preciso que venha ao nosso santuário, no plano mítico. E peço que traga seus companheiros consigo.

Alexandre: Entendido, meu patrono. Farei o que puder.

Foi quando a presença do deus sumiu, e Alexandre pôde se endireitar. A presença de seu patrono era sempre arrebatadora. De todos, a mais próxima de si era Ada, naquele mês eles haviam se tornado mais próximos, e como amigos, um amparou o outro, e a música os havia ajudado a melhorar mais rapidamente.

Os dois foram reunindo o restante da equipe, e quando todos estavam juntos, voltaram ao plano mítico. Ao chegarem lá, havia apenas uma coisa diferente: havia mais uma deusa, e uma que os garotos acharam linda por sinal, e mais uma membro da equipe, tão linda quanto a deusa que representava.

Amanda, por ser a mais estudiosa de todos no que era relacionado aos mitos brasileiros, reconheceu diretamente Caupé e logo lhe prestou uma reverência. Fábio seguiu o exemplo da namorada, e o restante seguiu o exemplo do líder. Logo as apresentações tinham sido realizadas e todos sabiam o nome de Isis.

Olhando para todos, Isis os avaliou. Claro que o fez primeiro com as garotas, para ver no que elas poderiam atrapalhar caso ela quisesse ficar com algum dos garotos.

Ada, Amanda e Débora. As três garotas da equipe. A primeira, na opinião de Isis, era a moleca. Aquela com quem ela menos precisaria se preocupar, até porque não demonstrou interesse nos colegas Tupangers.

A segunda era perigosa, mas apenas se ela quisesse algo com Fábio.

Agora, segundo Isis, a mais perigosa das três era a Débora. Não dava pra saber quais eram as intenções dela, em quem ela estava de olho, ou o que ela queria da vida. Ainda não dava pra saber se ela era sonsa, ou se apenas se fazia de sonsa.

Em uma primeira análise, ela ainda não sabia o que fazer... Mas não precisava fazer nada naquele momento. Era só a primeira impressão, isso poderia mudar.

Agora, os garotos.

Fábio, Pedro, Alexandre, Eduardo.

O primeiro era vidrado na namorada, e quando a namorada de um garoto bonito era próxima demais, não valia a pena.

O segundo? Nerd demais. Não gostava daquele tipo de garoto. Eles eram grudentos demais, infantis demais, não eram bons o suficiente.

O terceiro? Interessante. Músico, descolado, atencioso... Seria um bom “investimento”.

O quarto parecia o tipo que se importava mais com os bichos, o que fazia sentido com o que ele trabalhava, mas, assim como a irmã, era um mistério.

Mas ainda assim era cedo demais para tirar conclusões precipitadas.

Depois de um treino coletivo, todos os Tupangers resolveram sair, espairecer, e enquanto isso, todos foram contando à Isis o que havia acontecido em todas as batalhas que aconteceram. Eles estavam realmente felizes pela chegada dela, o que fez com que a jovem se sentisse mal pelo que havia pensado antes.

Mas ainda estava de olho nos garotos. Sabem como é, nunca é demais ter garotos bonitos por perto.

10 Comentários

  1. Olha só!
    Eis que chega ao grupo uma personagem que promete abalar geral!
    Uma ótima sacada os heróis terem ficado abalados com os ultimos acontecimentos, mas o Japeusá devia ter aproveitado o momento de tal fragilidade... Vejamos o que o tempo que ele resolveu esperar vai ajudar ou atrapalhar seus planos.
    Muito bom Jorge! Parabéns

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    1. A questão, Norberto, veja no texto. Ele tá pensando em algo que não seria facilmente derrotado. Veja os inimigos que foram derrotados até agora. Eu quero que não seja só "o monstro da semana" apenas e pronto. Tem que ser um mal inteligente também.

      Mas fico feliz que tenha curtido.

      Abraço

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  2. Grande Jorge, maravilhoso episódio, tivemos aqui um trabalho em cima do reflexo do que são as batalhas e como um ser humano normal reage após tais situações! Ver cada um deles tendo sua forma de reagir a tudo que já vivenciaram e o que ainda está por vir, com certeza mexe com as pessoas e com certeza mexeria com jovens ainda em vias de se tornarem adultos e vivenciando algo tão intenso! Eu realmente não curti a Isis, mas acho que tua intenção era justamente que a gente não recebesse ela bem pra depois talvez mostrar outro lado dela, mas de momento ela não foi legal nos pensamentos, mesmo! Episódio muito bom e muito bem construído, parabéns meu amigo!

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    1. Isso mesmo, Lanthys. Seguindo o conselho do Rodrigo, nosso estimado Maxrider, de trabalhar melhor as personagens.

      Abraço!

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  3. A chegada de Isis, uma nova membra , a protegida de Caupé promete causar .


    Ela tem outros interesses

    E isso pode se tornar um problema, principalmente em relação às demais garotas da equipe.


    Vamos ver o que futuro reserva e como Japeusá voltará a agir.


    Parabéns !

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  4. Grandioso episódio em que os heróis foram bem abalados... Ao menos no meu ver. É claro que agora adentra na saga um novo personagem e que parece que vai ser uma inflexão na série.

    O ponto forte é o amadurecimento dos Tupan Rangers. É impressionante isso na saga.

    Parabéns.

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    1. É essa a ideia. Pretendo virar o mundo deles de cabeça pra baixo. Espere e verá. hahahaha

      Abraço

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  5. Boa Jorge, era disso q eu tava falando! De forma simples e direta vc n só apresentou uma nova membra como o jeito q ela vê os outros, literalmente, oq já vai setar quem que ela pode se dar bem, com quem ela vai conflitar etc além de já dar tons de sua personalidade, excelente apresentação, e olha q isso foi só a beirada do q ela pode agregar na historia.
    Apesar de eu concordar que deve se ter tempo pra relaxar pra n exagerar no trabalho, quando seu trabalho é lutar pra defender o mundo é meio complicado :v, por isso n tem como eu n dizer q a visão do Fabio da situação estaria errada, pois a prova disso foi q ele fora o menos abalado disso tudo, ent no fim, ser cauteloso talvez demais foi algo bom, bem legal vc fazer essa relação de causa e consequencia, alias, n só pros herois, mas pro vilão tbm q ficou agr repensando no q fazer apesar de saber q tem certa vantagem. Bem legal oq vc montou aqui.

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    1. Eu digo pra você, esse capítulo foi consequência dos seus comentários anteriores. Você me deu um monte de dica, e eu aproveitei. Bastante.

      Fico feliz que tenha curtido.

      Abraço.

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