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Esquadrão Mítico Tupangers - Capítulo 21, O fim de um regime de fome forçado

 


E aí, pessoal, tudo tranquilo? Agradeço por todos os feedbacks de tudo o que foi enviado pra mim até agora. Fiquem com mais um capítulo, e espero que curtam.


Uushgi percebeu que suas provocações baratas não surtiriam efeito no líder dos Tupangers, que, em teoria, tinha sido o mais afetado por suas ações degenerativas de um sistema de fome.

“Não tem mais importância. Eles não devem mesmo ser subestimados, fez muito bem o senhor Japeusá em me acionar. É preciso poder puro para aniquilá-los, e eu sou perfeito para isso”, pensava o Cavaleiro da Fome. 

- Então vamos ao que interessa. Eu sirvo a alguém que não deseja ver vocês vivos, e eu ficarei feliz em entregar as cabeças de vocês em uma bandeja de prata para ele. 

Com um ataque rápido, Uushgi não deu tempo de os Tupangers fazerem a apresentação. Vendo que a luta seria corrida, eles se transformaram rapidamente para que não se ferisse por nada.

Um tridente foi utilizado pelo inimigo para desferir o primeiro ataque, na horizontal, da esquerda para a direita, e tinha Tupan Blue como alvo. Este se esquivou deixando-se cair no chão e girando para o lado direito, enquanto os próximos a ele deram um salto para trás, esquivando-se da maneira mais correta. 

De maneira bem rápida, Blue se levantou e, enquanto isso, Yellow já sacava sua arma, um canhão de mão, atirando em seguida. Esquivando-se com mestria do tiro, Uushgi não conseguiu prever os ataques de Light Blue e Green, no que a segunda o prendeu, causando dano ao fazê-lo e a primeira estocando com seu tridente, assim como ele.

Não dando tempo para que o Cavaleiro da Fome respirasse, Pink atirou três flechas de longe, enquanto Gold, Brown e Black vieram atacá-lo de perto. Brown e Black atacaram as juntas de seus braços e pernas, enquanto Gold almejou a cabeça. Uushgi desviou de todos os ataques.

Porém Blue aproveitou a deixa e, junto de Light Blue, que aproveitava para fazer mais uma investida, atacando o inimigo logo em seguida, a segunda para fazer um movimento para que o cavaleiro da fome esquivasse com gestos largos da mesma maneira, e assim fosse acertado por Blue, e assim aconteceu.

Quando a lâmina de Blue penetrou na carne do cavaleiro da fome, mordendo seu braço direito. Com uma esquiva as pressas, ele evitou que ele tivesse o braço inteiramente arrancado, porém não conseguiu evitar perdê-lo, sendo atingido onde seria seu cotovelo, estraçalhando o osso e amputando o membro do inimigo, fazendo com que perdesse a arma e levasse a mão esquerda ao restante do braço.

- Malditos! Vocês não têm honra? Não são heróis? – Perguntou Uushgi entre gemidos de dor, tentando provocar a honra deles e fazer com que baixassem a guarda.

- Para salvar o mundo, honra é manter sua palavra com quem não quer destruí-lo. Quer honra? Abandone Japeusá e venha para o lado do bem. – Bradou Fábio. Pedro ficou maravilhado, seu amigo falou igual ao seus heróis de infância. Deu até orgulho nos demais Tupangers, porque ele falava tal como um líder deveria fazê-lo.

Os demais foram lentamente se aproximando, não perdendo a cautela, afinal de contas eles estavam enfrentando um dos Cavaleiros do Apocalipse, e a princípio, o mais traiçoeiro até agora.

Vendo que chantagem não adiantaria em nada, resolveu usar seu poder de recuperação. Correu para pegar seu braço decepado e o colocou onde estava agora o restante, e no momento seguinte os ossos destruídos foram refeitos, os tendões foram religados, os músculos reconstruídos, a pele restaurada.

Todos ficaram preocupados, pois aquele poder era algo que faria com que a luta se prolongasse, e de maneira bem ruim para os heróis. Em sua mente, Uushgi praguejava por ter de usar algo assim tão cedo. Japeusá não havia brincado informando que eles tinham derrotado Takhal. E Takhal, por mais honesto que fosse, não era fraco, afinal de contas, ele pensava a respeito do Cavaleiro da Peste.

E ele vivia insistindo com o companheiro que melhorasse sua armadura, porque aquilo poderia realmente ser seu fim... E ele nunca tinha dado ouvidos aquele que se metia em armaduras pesadas para lutar contra humanos.

Parecia que a cautela do Cavaleiro da Peste, embora não o tivesse ajudado de nada, não era infundada. Eles se equiparam com proteções, sabiam mesmo o que estavam fazendo em matéria de luta, sabiam lutar em time e não estavam desarmados. E, com essa breve análise, ele esqueceu os pontos fracos dos Tupangers e só via seus pontos fortes.

Vejam só leitores como o psicológico daquele que luta sozinho contra uma equipe também pode ser abalado em uma hora dessas.

Mas, para o azar de nossos heróis, aquele cavaleiro sobre-humano se alimentava da fome... E aquele lugar onde eles lutavam estava repleto de famílias que haviam perdido seus trabalhos por causa da pandemia, e muitos deles passavam necessidades, e a maior de todas, a fome.

Concentrando-se para absorver no ar a fome das vítimas nas redondezas, Uushgi esqueceu-se que estava em um campo de batalha. Aproveitando-se do momento de distração do inimigo, os nossos heróis juntaram suas armas em dois canhões poderosíssimos.

Eles eram oito, certo?

E as duas equipes aproveitaram-se para mirar e preparar o tiro.

- TUPAN CANNON UM E DOIS... FOGO! – Fábio bradou e seus companheiros fizeram o que lhes foi ordenado. Dois tiros massivos fizeram caminho em direção a Uushgi, e embora tivesse conseguido desviar-se do primeiro, levou o segundo em cheio, e ele caiu com um buraco enorme em seu ventre.

Porém, como antes, o Cavaleiro da Fome recuperou-se do ataque desferido.

Porém, algo não passou despercebido pelos Tupangers.

Ele estava arfante quando terminou de se regenerar... O que significava que a técnica não era indefinida e consumia muito de sua resistência. Sem falar da dor que sofria.

- TUPANGERS! VAMOS UNIR NOSSOS CANHÕES! VAMOS DISPARAR UM ÚNICO TIRO! – Ordenou Blue, e assim foi feito. Todas as armas dos oito guerreiros foram combinadas em um só canhão, e era gigantesco, em relação a proporções que coubesse nas mãos de alguém.

Uushgi sabia que se aquilo o atingisse era o fim para ele. Ele precisaria se preparar para esquivar ou mesmo preparar para evitar que o tiro fosse disparado. Partiu para cima da equipe, mas para o azar dele, quando eles estavam em formação para manter o canhão, eles ganhavam um campo de força, que o repeliu assim que ele chegou perto demais.

- FOGO!! – Blue bradou aproveitando o momento que Uushgi se aproximou, e ele recebeu o tiro em cheio, que o deixou às portas da morte. Perdeu os dois braços e as duas pernas, restando apenas o torso e a cabeça, por enquanto, unidos. O inimigo gemia de dor e sabia que aqueles poderiam ser seus momentos finais, então utilizou a sua última cartada... Fingir-se de morto.

Sim, leitores. A velha tática de fingir-se de morto.

Com isso, ele poderia absorver a fome das pessoas ao redor e recuperar sua resistência, e recuperar seus membros perdidos, matando-os no processo.

Era até um plano bom, porém, Uushgi não contava com Yellow e suas milhões de horas de episódios de tokusatsu assistidas, e ele foi em direção ao inimigo.

- O que você está fazendo, Pedro? – Perguntou Fábio, saindo da personalidade de Tupan Blue.

- Indo ver se ele está vivo, oras. – Respondeu Pedro como se aquilo fosse óbvio.

- Mas ele está sem os braços e as pernas, cara. Você acha que ele pode estar vivo? – Perguntou Fábio como se o que o amigo estivesse fazendo era besteira.

- Acho sim! Para alguém que tem o poder de regenerar os membros em velocidade absurda, acho que enquanto o coração dele não for perfurado, ele não vai morrer. – Respondeu Pedro, argumentando perfeitamente contra a descrença do amigo.

- Faz sentido, Pedro. Vai em frente, então. – Respondeu Fábio com um sorriso.

“Merda! O que aquele idiota tem na cabeça de vir verificar o corpo do “morto”? Desse jeito eu vou ser descoberto, e não consegui tempo o suficiente pra me recuperar”, pensou Uushgi consigo mesmo. Porém, lhe passou uma ideia pela cabeça. Se ele tinha tanto poder para controlar todo seu corpo, ele poderia segurar os batimentos de seu coração como se fosse prender a respiração.

Claro que ele não conseguiria fazer isso mais do que seis minutos (que é o máximo que um humano, mesmo modificado como ele, às pressas, suportaria), mas um minuto seria o suficiente para enganar aquele Yellow.

Ele segurou seus batimentos, e sua pele começou a esfriar.

- É, parece que ele morreu mesmo. Mas é algo estranho... É como se o coração dele tivesse acabado de parar de bater... O corpo dele ainda tá quente... – Disse Pedro, ainda analisando a situação.

“Merda... Sai de cima, idiota”, pensou Uushgi, enquanto Pedro não saía de perto.

- Já sei o que eu vou fazer. Vou estourar a cabeça e o coração dele, assim eu não vou ter dúvidas de que ele estará morto. – Pedro disse isso com um sorriso macabro no rosto, que apavorou até a Uushgi, que não aguentou. Usou o que tinha conseguido coletar e regenerou rapidamente as pernas, saindo correndo o mais rápido que pôde no momento seguinte.

- Eu falei pra vocês que ele ainda tava vivo? Vamos fazer alguma coisa, antes que ele fuja!! – Alarmou Pedro.

Com a reação mais afiada do que a dos demais, Gold avançou com seu machado e, com um poder incomensurável, cortou Uushgi no meio, fazendo com que as duas metades caíssem uma para cada lado.

- Como ele conseguiu suportar um tiro daqueles? – Perguntou-se Ada.

- Monstros, Ada. Ele deve ter sido construído assim para resistir. A nossa sorte é que quem construiu ele o fez “de maneira burra”, entenderam? Han? Han? – Respondeu Pedro fazendo um gesto com a mão, citando dois memes ao mesmo tempo, e todos riram da piadinha, mesmo que ela não tivesse graça.

Foi quando Alexandre resolveu ir aos dois pedaços do inimigo caídos e verificar se ele estava mesmo morto. Viu que a cabeça estava cortada em dois, do mesmo jeito que o coração, mas posicionou os dedos nos dois pedaços do pescoço. Estavam inertes, frios a cada segundo, a cada gota de sangue que escapava o lado de dentro.

- Bom, ele tá morto. Desta vez ele está mesmo. – Disse Alexandre, sério.

- Também... Depois de uma machadada dessa, até eu, que sou mais trouxa, tava mortinha da silva. – Respondeu Amanda, rindo do que o amigo afirmou de maneira séria.

E todos riram.

Desta vez, Japeusá estava observando a luta, e viu os dois momentos em que Uushgi havia caído.

- IDIOTA!!! TAKHAL TINHA FALADO PARA ELE MELHORAR A ARMADURA, E O QUE ELE FEZ? FOI A RUÍNA DELE!! SE ELE TIVESSE CONSEGUIDO FUGIR, EU O TINHA MATADO!! QUE RAIVA!!!!! DAIN!!!!! – Em seu último grito, o deus do Caos chamava pelo terceiro Cavaleiro do Apocalipse, o da Guerra.

O Cavaleiro da Guerra chegou rapidamente, deixando sua moradia preferida rapidamente, o Oriente Médio, região da Palestina, Israel, da cidade sagrada dos homens.

- Estou aqui para servi-lo, meu lorde do Caos. – Respondeu Dain com respeito.

- VÁ IMEDIATAMENTE ATÉ ONDE ESTÃO OS RESTOS DE UUSHGI E FINALIZE O QUE ELE NÃO CONSEGUIU!! – Japeusá estava irado e quase louco quando pediu isso.

- Meu Lorde, não concordo com isso. Estava eu assistindo à derrota e consequente morte de Uushgi e este é o pior momento para que mais alguém, mesmo que seja eu, chegue no mesmo lugar de batalha. – Informou Dain friamente.

- ESTÁ ME DESOBEDECENDO, DAIN? – Perguntou Japeusá em tom de clara ameaça.

- Longe disso, meu lorde e senhor. Agora eles estão cheios da adrenalina dos vencedores. Com esta energia, até mesmo eu pereceria, mesmo que eu seja um expert em guerra. Deixe o sangue deles esfriar. Deixe achar que eles venceram bravamente. Assim, quando eles estiverem com a guarda mais baixa, eu os pegarei, sem chances para defesa. – A argumentação de Dain era válida.

- Faz sentido. Não é à toa que você é o maior estrategista dos quatro. Não é à toa que você mantém uma guerra por mais de 1000 anos. Você tem razão. É melhor eu me acalmar e absorver mais esta derrota. – Disse Japeusá, respirando fundo.

- Obrigado por me ouvir e aceitar meus argumentos, meu senhor. Este tempo em que eles estão achando que venceram fácil, eu me prepararei melhor, me protegerei melhor. A única coisa que eu peço ao senhor é que me dê o mesmo poder que concedeu a ele, o de regenerar minhas partes. Afinal de contas, este poder nas mãos certas é muito útil. – Agradeceu e argumentou mais uma vez Dain.

- Está concedido, Dain. Pegarei a habilidade dos restos de Uushgi, afinal de contas, não virá só a técnica, mas a memória do domínio dela para você.

E, com um estalar de dedos, Japeusá fez com que os restos do Cavaleiro da Fome sumissem, deixando os Tupangers com uma pulga atrás da orelha.

10 Comentários

  1. Uma batalha excepcional, adoro quando a expqectativas são quebradas e os monstros impedem os clichês de transformação por exemplo. Curto demais isso!
    A luta foi muito, muito boa mesmo, mas esses vilões não cansam de subestimar os heróis?
    Primeiro o Fome, achando mesmo que ia enganá-los e agora o Guerra...
    Acho que valeria a pena ele surgir, por exemplo, por detrás dos heróis e fazer, ao menos, um ataque... Talvez poderia fazer algumas fatalidades entre os heróis, afetando-os e, mesmo que precisasse voltar depois, os enfrentaria enfraquecidos moralmente...
    Vamos ver como ele se sai depois de dar esse tempo para os heróis.
    mandou bem cara.

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  2. Eu to usando visão de vilões antigos, que subestimam os heróis...

    Fico feliz que tenha curtido!!

    Abraço

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  3. Mais um excelente episódio George... vilões que tentam surpreender os heróis em momentos inesperados... como mencionou o Norbeto... mas, ao mesmo tempo, eles cometem erros infantis...

    Parabéns por mais um belo episódio de Tupan Rangers.

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  4. Meu caro George !

    De todis os episódios de Tupangers, esse sem dúvida, teve a batalha mais intensa e sangrenta.


    Os Tupangers mostraram o quão determinados e concentrados estavam e derrubaram de modo incontestável Uushgi, o Cavaleiro da Morte.


    Eis que surge Dain, o Cavaleiro da Guerra , que a primeira vista , se mostra mais ardiloso que os demais .


    Vem chumbo grosso por aí!


    Excelente episódio!


    Expectativa lá em cima!


    Parabéns!!!

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    1. Valeu, mano!! Eu tenho me esmerado em escrever Tupangers, porque, como disse antes, como é uma obra criada do zero por mim, eu pude criar cada aspecto.

      Abraço!!

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  5. MAravilhoso episódio, adorei a forma poderosa como os Tupangers encararam o inimigo e como demonstraram poder imenso diante mesmo de outro cavaleiro do apocalipse! Realmente eles evoluíram muito e se tornaram inclusive mais maduros e certeiros em suas considerações! Isso leva a gente a ter mais esperança nas batalhas e considerar que eles podem vencer até mesmo Japeusá, ainda mais com a frase do Dain dizendo que se ele fosse agora lutar, até mesmo ele seria derrotado, "sangue nos zóio" é algo poderoso e eu curti muito isso, parabéns Jorge, excelente episódio cara! \0/

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    1. Valeu por ter comentado, Aldo. Tupangers é uma obra que eu tenho carinho especial, é a minha primeira obra de Tokusatsu e eu criei do zero.

      Abraço!

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  6. Acho q a equipe chegou no nível dos NeoChangeman do Lanthys kkkkkk. Mas tbm, 8 heróis lutassem contra um cara q só sabe blefar... infelizmente por conta disso achei a luta um pouco curta, mas ok. A atitude, tanto do Fábio quanto do Pedro foram muito iradas e acho q peguei a referencia da estratégia de parar o coração kkkk. Japeusá já tá até perdendo a compostura e isso pode ser fatal, até o general dele tá com mais moral e razão, mas né, guerra afinal

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    1. Agora me senti lisonjeado, NeoChangeman é iradíssimo e eu acho absolutamente incrível minha obra ser comparada à do Lanthys.

      A referência de parar o coração está em Dragon Quest: Dai no Daibouken que eu tenho assistido ao Remake. Mas fico imensamente feliz que você tenha curtido.

      Abraço mano

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