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Power Rangers - Mundo Sombrio - parte 09

 


KANSAS -  ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Já passava da meia noite naquele gramado um pouco afastado da casa principal da fazendo. A frente do celeiro vazio com o chão cheio de feno espalhado, Tommy encontrava-se sentado ao chão com as pernas cruzadas à frente do tronco em uma posição de meditação enquanto sua filha Torry estava deitada em seu colo com os olhos fechados e o rosto inchado de tanto chorar. Tommy olhava para o nada, com os olhos lacrimejados. Em sua cabeça, toda a cena da invasão de Carvius em sua casa, a morte de sua esposa, a sua imcapacidade em conseguir salvá-la, se repetia e se repetia do inicio ao fim o tempo todo como uma tortura sem trégua ao ex Ranger Verde. 


Todos os outros Rangers estavam de pé espalhados pelo local na frente do celeiro. Nenhuma palavra era dita. Naquele momento, nenhuma discussão era cogitada.


Alpha, trazia consigo como sempre sua espada, a espada passada a ela por seu pai, atrelada às costas, enquanto a caixa preta com as moedas do poder está à frente dela. Ela pega a caixa, coloca de volta na bolsa preta que pegara no carro de Billy dias atrás, e se levanta jogando a bolsa nas costas, caminha na direção de Tommy, enfia a mão no bolso e puxa uma espécie de cartela de remédios. No formato de comprimidos antibióticos. Ela oferece a cartela para ele.


Alpha: Toma!! Pega — Diz ela esticando a mão com a cartela na direção do ranger.


Tommy: O que é isso? — Pergunta ele olhando para ela.


Alpha: Seria o que vocês aqui na terra chamam de remédio. Bom, cada comprimido desse tem um conglomerado de micro nanos robôs. Eles vão entrar dentro do seu corpo via oral, vão se dispersar e chegar até suas costelas iniciando o concerto. Talvez você sinta alguma dor mais forte do que tá sentindo agora, mas isso vai te deixar novo em folha em pouco mais de uma hora.


Tommy: Obrigado — Diz ele de forma triste ao mesmo tempo em que pega a cartela de comprimidos.


Alpha então dá a volta e se senta ao lado dele.


Tommy: Então...foi...foi pra salvar o seu planeta que minha esposa morreu?


Alpha: Eu...eu...sinto muito pela Katherine. Ela era uma Ranger incrível. Existem histórias sobre ela no museu em Aquitar. Eu li várias delas. Eu...eu...realmente não sei o que te dizer. 


Tommy: Não há nada que possa ser dito. — Responde ele tomando o comprimido. 


Alpha: Tommy...eu...eu sinto muito!


Logo que Alpha termina de falar, no meio da escuridão da fazenda, lá longe na entrada, surge a luz de dois faróis. Um carro se aproximava. Ao passar pela porteira da fazenda, o motorista percebeu os oito personagens à frente em meio à escuridão iluminada pelos faróis e então se aproximou até estacionar ali. Quando o carro se aproxima, Zac logo reconhece o modelo, um Ford Country Squire, provavelmente de 1991 tinha sua porta aberta por Brian que descia do carro já avistando Billy.


Brian: Caramba Billy, o que tá acontecendo? Você sumiu por dias - Diz o rapaz se aproximando de Billy enquanto bate a porta do carro.


Brian tinha os cabelos pretos e uma pele branca, seus olhos eram castanhos e ele usava uma jaqueta preta de couro, ou algum material parecido, uma camisa branca e uma calça jeans azul acompanhada de um tênis branco. 


Billy vai em direção a Brian e o abraça. Brian muito apreensivo corresponde o abraço. E então os dois se desvencilharam com Billy ainda segurando levemente Brian pelos braços.


Billy: É eu sei, você tem razão. Me desculpa, mas é que…


Antes mesmo que Billy pudesse concluir seu pedido de desculpas, Brian percebe mais a frente sentado ao chão, Tommy Oliver.


Brian: Caramba!! Você é o Tommy Oliver? — Pergunta ele impressionado como um fã que vê um ídolo pela primeira vez. — Você é o Tommy Oliver. Meu deus cara! Eu..eu sou seu fã desde que você era o Ranger Verde — Diz ele tentando se aproximar.


Tommy ao ouvir as investidas de Brian apenas vira o rosto com os olhos marejados para ele, o que fez a empolgação de Brian ir de cem a zero em segundos. Billy então entra na frente de seu namorado para contê-lo.


Billy: Brian, agora não. Não é o momento pra isso.


Ao dizer isso ao Brian, é como se Billy o tivesse trazido para realidade que se apresentava em sua frente. Brian sabia que Tommy era o Ranger Verde por que Tommy sempre usou de sua identidade para ganhar dinheiro e prover sua vida financeira. Foi quando ele olhou ao redor e percebeu os outros dois rapazes além de Billy, com alguns rasgos em suas roupas, e logo olhou para as duas moças na mesma situação, além de Alpha, e não demorou muito para que ele ligasse os pontos. Até o mais débil dos seres naquele momento, naquela situação, entenderia o que havia ali. E então seus olhos se arregalaram, seus passos começaram a se afastar de Billy que ao perceber o que Brian tinha entendido, sem que ele precisasse contar, começa a caminhar lentamente em sua direção.


Billy: Brian, eu...eu posso explicar.


Brian: Droga Billy!! — Segue ele com o dedo indicador levantado na frente do rosto. — Eu te contei tudo sobre mim. Não existe nada sobre mim que você não saiba. Como você conseguia dormir do meu lado escondendo de mim esse segredo?


Brian sai caminhando para se afastar um pouco de Billy. Precisava de ar. Tinha descoberto que aquele a quem ele se entregou de corpo e alma, respeitando, suportando os finais de semana de solidão como esse era mais um, apoiando nos momentos difíceis, tinha mentido para ele durante todos os anos de seu relacionamento. Billy por sua vez vai atrás de Brian, também já se afastando dos outros membros parados ali.


Já a alguns metros de distância, Billy puxa Brian pelo braço que instintivamente puxa o braço de volta se desvencilhando. 


Brian: Mas que droga Billy!! Eu.. tô com muita raiva. Muita raiva cara. — Diz ele com as mãos na cabeça andando de um lado para o outro. Ele então respira fundo, se acalma e para de andar olhando seriamente para seu namorado.


Brian: Por que eu tô aqui?


Billy: Sinto muito por ter mentido pra você Brian. Sinto mesmo — Responde Billy se aproximando do namorado.— Mas agora, o que está em jogo aqui é algo muito, mas muito maior do que eu e você. Muito maior do que qualquer mágoa ou rancor que a gente possa sentir um pelo outro. Em outro momento, eu juro pra você que eu vou aceitar toda e qualquer punição. Se você quiser se separar de mim eu vou aceitar, mas agora, eu preciso que faça uma coisa pra mim. Por favor! 


Billy então segura levemente as mãos de Brian — Não tem mais ninguém pra quem eu possa pedir ajuda agora! Por favor.


E Brian, como sempre, nunca conseguiu dizer não àqueles olhos por trás daquelas lentes de contato e por amar demais, acaba cedendo.


Brian: Me diz o que você precisa!


Tempos depois, o cenário era Brian encostado na porta do motorista do carro com o Billy ao lado dele, enquanto a alguns metros de distância, Tommy se despedia de Torry. O ex ranger verde se abaixa apoiando-se em seu joelho para ficar com o olhar na altura do olhar de sua filha. Ele já não sentia tanta dor em suas costelas, sinal que os micro-nanos robôs haviam feito seu trabalho. Tommy leva as mãos levemente ao ombro de sua filha.


Torry: Pai, eu...eu não quero ficar sozinha...não me deixa sozinha por favor! — Implora a garota com um olhar triste.


Tommy: Filha. Eu sinto muito, mas o papai precisa resolver isso. E você tem que ficar segura.


Torry: Mas eu não quero que você vá. Eu não quero que você morra.


Tommy respira fundo segurando as lágrimas dentro dos olhos. A emoção bateu forte em seu peito. Logo após a morte de sua esposa, ele ter que abandonar a filha em meio a uma guerra que se pronunciava era doloroso demais. Ele sabia que poderia nunca mais vê-la, mas em hipótese alguma, ele podia deixar essa possibilidade escapar pelo seu olhar triste.


Tommy: Torry...eu...eu fiz algumas coisas que não foram legais. Eu usei o nome do Ranger Verde pra ganhar dinheiro, pra ter uma vida boa com você e com a sua mãe. Isso não foi certo. Mas a sua mãe...sua mãe que era uma Ranger Rosa, ela nunca se usou disso pra se garantir. Ela nunca revelou pra ninguém esse segredo, porque sua mãe era melhor que eu.Ela respeitava a única regra imposta por Zordon quando nos deu as moedas do poder. Ela era uma pessoa boa, entende. E...se eu não for agora...outras pessoas boas assim como ela vão morrer. Você consegue entender isso filha?


A garota mal consegui responder a pergunta, pois as lágrimas eram mais fortes e rolavam descontrolavelmente agora. Mas com um esforço digno de um super herói, ela balança a cabeça positivamente.


Tommy: Então vá com ele. — Ordena gentilmente direcionando a cabeça para Brian.— Vá com ele e fique segura, porque eu já perdi a sua mãe, eu não vou aguentar perder você.


E assim, os dois se abraçam. Pai e filha se despedem em uma cena emocionante de cortar qualquer coração. E enfim, o abraço acaba, a garotinha se vira e caminha até o carro entrando pela porta de trás e em seguida baixando o vidro da janela para olhar seu pai uma última vez. Enquanto isso, Billy dá um último abraço ao namorado, que também entra no carro já baixando a janela do lado do motorista.


Brian: Vê se se cuida, Ranger Azul — Ele fala sorrindo, olhando para Billy enquanto coloca o sinto e dá a partida no veículo.


Billy: Você também!!


O veículo começa a se mover, vai ganhando velocidade tomando distância. Torry ainda conseguia ver seu pai e os outros rangers pelo vidro traseiro do carro, até que a distância foi ficando cada vez maior entre eles. A imagem de seu pai foi ficando cada vez menor até ela já não conseguir mais enxergá-lo. Até que o carro desaparece da visão de Tommy e dos outros. 


Nesse momento Jason se coloca ao lado de Tommy


Jason: Tommy, foi muito corajoso o que você fez agora. 


Tommy: É a única coisa certa a fazer agora — Responde ele se virando para Jason. —  Ela tem que ficar segura.


É quando Alpha chama a atenção dos seis Rangers agora reunidos ali no meio da fazenda e da escuridão da madrugada.


Alpha: Gente...Chegou a hora.


Alpha caminha até o celeiro, seguida logo atrás dos seis Rangers que vinham em fila logo atrás dela. Os sete adentram o recinto que possui uma área iluminada pela lua, por conta do buraco feito no teto, o mesmo buraco por onde Alpha caiu no dia em que chegou a terra e conheceu Jason. Ela então coloca a caixa preta com as moedas do poder no meio do círculo formado pela luz que entrava do teto, e logo em seguida retira sua espada da bainha em suas costas. Enquanto os Rangers ainda sem entender o que a garota biônica pretendia, ficam apenas olhando.


Alpha: Quando eu peguei a espada, ela gerou um campo magnético que me trouxe exatamente pra onde meu pai queria. E eu vim parar aqui. Deve haver um modo de abrir o mesmo campo magnético pra nos levar de volta a Aquitar, antes dos ataques de Necromor.


Kimberly: Quer dizer que você não sabe como nos levar pra lá?


Alpha: Bom, eu imaginei que houvesse algum segredo na espada que nos levasse de volta — Diz Alpha tocando no cabo da espada em várias partes.


Até que a garota, meio que sem querer, toca na parte da espada, entre o cabo e a lâmina, onde havia um dispositivo circular, uma espécie de botão que ao ser apertado libera uma imagem holográfica em 3D. A imagem mostra o rosto de Áurico, o Alien Ranger Vermelho. Quando esse evento acontece, os seis Rangers instintivamente formam um círculo compreendendo exatamente o espaço de luz que se formava no chão, enquanto a imagem holográfica, ficava no meio entre eles alguns metros acima. Alpha então crava a espada, de onde a imagem era projetada no chão e se junta aos Rangers completando o círculo.


Áurico: Saudações Eternos Power Rangers! Saudações minha filha Alpha!


Alpha: Pai! — Exclama a garota com os olhos cheios de água


Áurico: Aquitar é um planeta que possui quase a mesma idade que o planeta Terra. A terra sempre nos despertou interesse em diversos aspectos, como por exemplo sua capacidade de crescer e se adaptar. Nós, Aquitarianos, sempre fomos curiosos sobre o modo de vida dos humanos, seus costumes, suas lendas e suas superstições. Em outras palavras, somos amantes desse planeta azul magnífico. Por essa razão, os uniformes dos Alien Rangers e suas armas e zords são baseados em Ninjas, por essa razão nossos prédios e possuem uma arquitetura parecida com os prédios da terra, e nossas montanhas e florestas, em sua maioria também são parecidas com as da terra, embora abriguem formas de vidas completamente diferentes e por essa razão também, minha filha Alpha 378, possui feições humanas, pois fora desenvolvida para se parecer com uma.


Os cinco permanecem no mesmo lugar prestando atenção em cada palavra que era proferida pela imagem de Áurico.


Áurico: Se vocês estão vendo essa mensagem, significa que Aquitar caiu, e que meu plano para salvá-la está em andamento. Quando o planeta de Necromor, Necrom surgiu, como uma praga no universo, destruindo tudo o que tocava, três planetas se uniram formando uma confederação intergalática que tinha como objetivo barrar as intenções de Necromor. Esses planetas eram Aquitar, KO-35 e Mirinoi. Quando KO-35 e Mirinoi caíram, eu coloquei em prática meu plano. Desenvolvi as moedas do poder com base nas suas estruturas de DNA e resquício dos poderes das moedas originais, informações essas que adquiri no centro de comando quando estive na terra, e posteriormente, mais informações que roubei do Billy quando este esteve aqui em Aquiar. Eu treinei minha filha o máximo que pude para enfrentar esse momento. E finalmente o momento chegou.

Alpha minha filha. Na espada que você carrega existe um dispositivo escondido na parte inferior do cabo, que reagiu a sua constituição biônica formando uma espécie de campo magnético que gerou o portal temporal que te levou até 2020 e posteriormente a Terra. Esse dispositivo foi programado por mim propositalmente. Ele estava programado para ser ativado automaticamente assim que entrasse em contato com sua estrutura. E é graças a esse dispositivo que você poderá levar os Rangers para Aquietar, momentos antes de você partir.


Alpha: Momentos antes de eu partir!? Quer dizer...que não posso voltar tempo suficiente pra salvar todas as outras pessoas mortas? Isso inclui você?


Como uma resposta programada às perguntas que Áurico sabia que sua filha poderia fazer, ele continua.


Áurico: Todos os Aliens Rangers que morreram defendendo Aquitar, morreram sabendo o que estavam enfrentando. Eles deram suas vidas, para que pudéssemos chegar a esse momento. Infelizmente não é possível voltar para onde se deseja. Só é possível voltar a partir do seu ponto de partida. Mas com isso, você conseguirá enviar os Rangers para onde se precisa e impedir que mais Aquitarianos sejam mortos por puro capricho de um ser maligno. Alpha minha filha, é chegada a hora.


Alpha baixa sua cabeça por alguns segundos lamentando a informação que havia acabado de receber, e então a ergue novamente com determinação.


Áurico: Como eu disse, a primeira ação do dispositivo estava programada para acontecer automaticamente assim que ele entrasse em contato com sua estrutura biônica. Mas agora, esse dispositivo, pela segunda vez, precisa ser ativado manualmente. Porém, o seu corpo não suportará uma segunda viagem no tempo. Assim que o dispositivo for acionado usando sua estrutura biônica pela segunda vez, seu corpo deve se desfazer apagando sua existência dessa linha do tempo. E foi por isso que eu treinei você por tanto tempo, e preparei você. Você cumpriu sua missão, encontrou os Rangers e agora, todos os Aquitarianos estão contando com você. Alpha, minha pequena Alpha, eu te amo, e sempre estarei com você!!


A imagem de Áurico pouco a pouco começa a ficar opaca até se apagar por completo, voltando o celeiro ao silêncio absoluto. Alpha, volta  a baixar sua cabeça retida em seus pensamentos enquanto os Rangers se entreolham, até que Billy quebra o silêncio.


Billy: Alpha, você...você não precisa fazer isso, se não quiser. Nós podemos descobrir outro jeito..


Alpha: Não!! — Responde a garota interrompendo Billy e levantando a cabeça com um olhar decidido — Chegamos até aqui graças ao sacrifício de todos. Eu não posso ser egoísta ao ponto de querer viver quando todos deram suas vidas pra que vocês fossem reunidos. 


A garota Biônica então avança retirando a espada do chão e já levando a mão a parte inferior do cabo encontrando o acionador do dispositivo. Uma pequenina faixa digital que seria acionada assim que Alpha tocasse com sua digital sobre ela. Ela então olha para todos os Rangers em volta.


Alpha: Eu passei a minha vida ouvindo sobre vocês e sobre suas aventuras. Eu li coisas sobre vocês, e cada coisa que eu aprendia, me fazia admirar cada um de vocês cada vez mais. Vocês são uma lenda em meu planeta e significam muito mais do que possam imaginar pra mim. — A garota interrompe a fala, olha para cada um deles e em especial para Billy, sorri e continua — Foi uma honra passar esse tempo ao lado de vocês.


Trini: Alpha, tem certeza disso?


Alpha: Se eu não fizer isso, Carvius continuará vindo. E a única maneira de apagar ele dessa linha do tempo é impedindo que ele venha pra cá. Talvez, até com isso, a gente consiga impedir que sua esposa morra Tommy — Diz ela se virando para Tommy.


A garota olha para baixo, e uma pequena fresta se abre em sua nuca quando sua pele se retrai. De dentro da fresta ela retira uma espécie de “chip” que ela joga para Billy. Em seguida a fresta se fecha


Alpha: Eu vou deixar de existir nessa linha do tempo, mas não tem razão para eu não me lembrar de vocês e de tudo que passamos aqui. — Diz ela sorrindo — Isso é uma cópia das minhas lembranças. Entregue-as pra mim do outro lado.


E então, sem mais delongas, Alpha toca com sua digital a pequena faixa digital embaixo do cabo da espada. Raios começam a envolver o corpo da garota e se expandir em círculo envolvendo também os corpos de todos os seis Rangers. Seus corpos começam a flutuar enquanto o corpo de Alpha, no meio deles, começa a se desfazer em nano partículas, que ao se desprender do corpo dela começavam a formar um redemoinho de energia gerando um vento forte e uma luz intensa. A caixa preta com as moedas do poder ao chão se abre e as moedas se desprendem da caixa ganhando altura, e ficando cada uma a frente de seu respectivo Ranger. 


Alpha: Vamos Rangers! É hora de Morphar!! — Diz a garota que segundos depois, na frente dos homens e mulheres que ela ajudou a reunir, desaparece daquela linha do tempo.


Todos os Rangers agarram cada um a sua moeda e todas elas sem exceção, em meio àquele vendaval de energia, brilham intensamente. Das mãos de cada um deles, nano partículas começam a subir pelos braços ganhando os corpos se juntando e dando origem a cores. As nano partículas que surgiam das moedas do poder formam em volta de cada um dos seis uma espécie de couraça colorida, cada uma de sua respectiva cor. Em seguida as nano partículas energizadas ganham os rostos dos Rangers formando seus capacetes e agora, os corpos de mais de 40 anos ganham mais vida, mais vigor, mais poder, e agora morphados em uma forma Ranger que em sua adolescência eles jamais imaginavam conseguir, todos eles desaparecem. O silêncio volta ao celeiro iluminado pela luz da lua.


5 Comentários

  1. Que história foda!
    Ao ler esse episódio me peguei pensando e reparando em alguns pontos que mostram como você é um baita escritor... Vamos a eles...
    Primeiro você conseguiu me fazer interessar e me importar com Power Rangers, coisa que nunca consegui desde a primeira série, que detestei totalmente... Só isso já seria uma mostra das suas capacidades, mas espera, tem mais.
    Só agora, vendo esse episódio, que percebi um detalhe... Até agora nenhum dos Power Rangers morfou, o que um escritor menos capacitado, com certeza, já teria colocado eles de uniforme nas primeiras cenas, dando seus saltos com aquelas explosões clichezentas ao fundo... Mas não, tu levou 9 capítulos para "redesenhar" cada um dos heróis, tornando-os humanos num ponto que nunca imaginei que fosse possível.
    e não foram "mesmo tema" personagens diferentes, não, você conseguiu pegar todos os heróis, lhes dar vidas próprias, muito bem construídas e deixá-los completamente tridimensionais.
    nesse capítulo 9, em especial, dois momentos me chamaram demais a atenção...
    A relação Tommy e Torry... Cara, doeu no meu coração as cenas deles lidando com o luto pela morte brutal da mãe, no capítulo anterior e a despedida, mas volto a essa despedida já já.
    O outro destaque foi para o casal Billy e Brian... Cara, uma lição de como mostrar um casal homossexual sem ser caricato, sem apelas para exageros, eles são um casal como qualquer outro, seja Homossexual ou heterossexual... Uma escrita brilhante.
    E eu fui ficando com a pulga atrás da orelha sobre o motivo do Billy ter chamado o Brian e quando vejo que foi para deixar com ele a pequena Torry... desculpa o palavreado, mas... PUTAQUEOPARIU... Isso se chama, pensar muito bem na trama e como encaixar seus elementos.
    aí, sim, tem mais porque tu não tava satisfeito, me traz essa cena incrível com a Alpha... Novamente, se fosse um autor menos preparado, tudo poderia descambar para um dramalhão beirando o mexicano, mas outra vez tu mostra tudo com tamanha maturidade que ficou emocionante demais e não dramático demais, o que poderia se tornar algo artificial ou até irritante, mas você passou longe disso.
    E só então veio um vislumbre de que teremos a transformação e... Caraca, foi quando caiu a ficha de que eu estou acompanhando, torcendo e vibrando com um título que, no original nunca me despertou interesse, por 9 capítulos, e só agora, no 10, é que eles se transformarão e em nenhum momento senti falta disso!
    Incrível, simplesmente incrível.
    Meus mais sinceros parabéns Rodrigo. Tu matou a pau!

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  2. Bom... O Norb falou tudo, ele grudou a atenção nas mesmas coisas que eu e cara, foi um final de arco simplesmente incrível... Lembra que comentei do Tommy ficar chorando sozinho e não ter ido abraçar a filha no episódio anterior? Aqui, qualquer falha que ele possa ter cometido lá, foi corrigida aqui, pois ele foi dedicado, sábio, soube lidar com a situação, não deu crise ou ataque de pânico, tu soube mostrar um Tommy que eu cogitava que deveria ser, tu criou um cara humilde, a ponto de reconhecer seus erros e partir pra ajustar o futuro! Isso vai de encontro também ao fato de eu ter comentado que não curtia o Tommy mas que sabia que tu ia dar um jeito de eu acabar curtindo, e como eu previ, tu construiu um personagem no mais incrível patamar do que seria um personagem foda... A despedida dele e de Torry, cara, que cena, que momento, que narrativa cara... Muito, muito, muito bom!

    Aí temos ainda a conversa entre Brian e Billy, véi, que decência, que argumentos, que diálogos, a forma inteligente e emocional como os dois discutiram, como Billy argumentou e acalmou o namorado, a forma madura e coerente com que Brian reagiu, simplesmente tu montou uma DR dos sonhos, onde todo mundo é maduro, todo mundo tem consciência e pé no chão na hora de cobrar e de explicar, e isso cara, demonstrou o poder de escrita que tu detém nas mãos!

    Sem dúvida também, me surpreendeu o final de Alpha, eu não cogitei nem de longe que ela poderia não suportar a viagem de volta... Tu foi conduzindo tudo de forma tão perfeita na trama, como bem citou o Norb inclusive, fazendo eles se virarem sem a morphagem, que eu achei que a única vitima, pelo menos por enquanto, seria a esposa do Tommy, mas véi, me cortou o coração a definição do final de Alpha e a determinação da androide para com sua missão... Ver ela decidida a fazer parte do sacrifício foi algo de encher os olhos sem falar na cena final, com eles erguendo os punhos enquanto flutuavam e iniciaram a se transformar...

    Na boa Rodrigo, nunca achei que fosse curtir uma trama de PowerRanger, tu mandou bem demais até aqui cara, to confiante que teremos um final épico pra essa saga considerando tudo que vimos até agora! Realmente tu é o cara, meus parabéns, tá muito bom isso daqui cara! \0/

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  3. Aplaudindo de pé. A sua escrita Rodrigo mostra que Power Rangers têm bons elementos. Só foram mal trabalhados pelos gringos.

    Mas, como já disse antes: a gente em geral nem se permite dar a chance de assistir e avaliar. Sempre vou citar beast Morphers que achei bem legal. E, sempre dou o exemplo de Kamen Rider Dragon Night que é uma adaptação das boas.

    O que achei mais incrível nesse ep foi a entrega de Aloja. Lindo demais.

    Nem sei O que falar. Que trabalho!

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  4. Concordo com todos os amigos fictors.

    A densidade com a qual você desenvolveu cada um dos Rangers lendários é a tônica dessa série é algo de se tirar o chapéu.

    Cada um com seus dilemas , seus limites , seus erros, suas escolhas...

    O luto de Tommy e o diálogo com a filha foi emocionante.

    A pequena discussao entre Billy e seu namorado , foi feita com muita sensibilidade.

    E no final, a mensagem de Áurico e a despedida de Alpha...

    Você, com maestria nos mostra que, numa guerra não se pode vencer sem sacrifícios...

    Chegou o grande momento da primeira equipe Ranger salvar o universo.


    Meus sinceros parabéns por fazer algo tão visceral, dando a nós, uma nova perspectiva para os Power Rangers.

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