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Força Especial Bataranger 3 - Capítulo 17 - Da frigideira ao fogo

 


No capítulo anterior:

O grupo da Ilha das Rosas consegue escapar do complexo, mas para isso, Zaira teve que se sacrificar.



Capítulo #17 – Da frigideira ao fogo



Centro do Rio de Janeiro - Av. Presidente Vargas


Por volta das cinco horas da tarde, as irmãs Simone e Sabrina Reis estavam sentadas dentro de um ônibus na Avenida Presidente Vargas. Elas estavam indo no sentido Candelária, já que estavam indo para o apartamento delas, na Avenida Almirante Barroso.

Na manhã daquele dia, a companheira delas, Felícia, foi à Ilha das Rosas junto com Zaira, Angélica, Tarso e Roberta e desde quando a mulher-felina saiu, Sabrina estava inquieta durante todo o dia, tanto que Simone a levou consigo para a casa dos tios delas, para tentar acalmá-la. Contudo, Sabrina ainda demonstrava preocupação com a amiga e com os outros.

Sabrina: “Mana, será que a Felícia está bem naquela ilha? E o Tarso e o pessoal? Estou preocupada com eles.”

Simone: “Não me diga, Sá! Você está falando isso desde cedo, garota! Eu já te disse que eles estão bem e vão voltar para cá.”

Sabrina: “Mas, mana, é que eu não paro de pensar neles. A cada hora que eles não voltam, fico preocupada.”

Simone: “Vou ter que te falar pela milionésima vez: eles sabem como se defender! Eles vão voltar, como a Felícia prometeu. Quantas vezes eu vou ter que falar?”

Sabrina ficou em silêncio e virou o rosto para a janela do ônibus.

De repente, o ônibus parou e a garota perguntou à irmã:

“Ei, mana, por que paramos? Será que é engarrafamento?”

Simone: “Acho que sim, Sá. Infelizmente, é normal ter engarrafamento a essa hora, porque é a hora do rush.”

Sabrina voltou a olhar para a janela e de repente, ela levou o maior susto...

Sabrina: “Ah! O que é isso?!”

Era um homem-cupim que bateu a cabeça na janela do lado de fora.

Simone: “Meu Deus! Que bicho é esse?!”

Então, as irmãs ouviram gritos dos outros passageiros, porque todo o ônibus estava cercado de homens-cupins!

O motorista, vendo o pânico dos passageiros, bradou:

“Todo mundo para o chão! Agora!”

Então, todos os passageiros, incluindo as irmãs Reis, deitaram-se de barriga para baixo no assoalho do ônibus.

O motorista disse aos passageiros:

“Pessoal, estamos cercados por esses bichos voadores e nem dá para sair daqui, porque o trânsito está parado. Vamos ter que ficar aqui até esses bichos irem embora. Espero que a F.E.B. resolva a situação.”

Vários passageiros murmuravam por conta daquela situação. Enquanto isso, as irmãs estavam falando uma com a outra:

Sabrina: “E agora, mana, como vamos para casa? São muitos bichos!”

Simone: “Como disse o motorista, temos que esperar a F.E.B. resolver a situação. É o que há para agora.”

Sabrina: “Mas... e se a F.E.B. não resolver? E se esses bichos nos devorar? Pior, e se devorarem a Felícia e outros?”

Simone: “Calma, Sabrina. Eu... eu... vou tentar entrar em contato com o celular particular do Comandante Lopes. Talvez ele mande uma equipe só para cá na Presidente Vargas.”

Sabrina: “Faça isso, mana!”

Então, Simone tirou seu celular do bolso e discou para o Comandante Lopes.

Enquanto isso, no Porto do Rio de Janeiro...


Porto do Rio de Janeiro


O grupo que estava na Ilha das Rosas desembarcou na estação de vagonetes do Porto. Logo que chegaram, Angélica comunicou-se com a base:

“Dra. Gomes para a base. Estamos de volta à cidade.”

Do outro lado da linha, estava o comandante:

“Muito bem, doutora. Voltem para a base, mas tomem cuidado.”

O grupo estranhou o aviso do comandante.

Angélica: “Cuidado com o quê, comandante?”

Comte. Lopes: “Então, doutora, a cidade está infestada de criaturas aladas chamadas homens-cupins. Já mandei algumas unidades da DT, mas não estão dando conta.”

Ao ouvir isto, eles se entreolharam e o Capitão Torelli disse:

“Então, realmente, a Dra. Araki não estava blefando...”

Angélica: “Já temos uma noção da situação, comandante, por intermédio da própria Araki.”

Comte. Lopes: “Falando nela, e então? Conseguiram capturá-la?”

Angélica: “Infelizmente, não, comandante. Ela não estava na ilha. Aliás, temos muita coisa para lhe contar.”

Comte. Lopes: “Compreendo... Por isso que quero vocês aqui imediatamente para contar tudo... Ah, só um momento, meu celular está tocando! Aguarde na linha, doutora.”

Cerca de trinta segundos depois, o comandante retornou:

“Acabo de receber uma ligação de Simone Reis. Ela está junto com a irmã em um ônibus no meio da Av. Presidente Vargas, cercado pelos homens-cupins. Como vocês já estão por aí, Monteiro e Silva vão se encarregar disso.”

Tarso: “Certo, comandante. Onde elas estão, exatamente?”

Comte. Lopes: “Segundo o que a moça disse, estão na altura do Campo do Santana, logo após à Central. Elas estão em um ônibus branco e verde.”

Tarso: “Certo, senhor. Roberta e eu estamos a caminho. Monteiro desliga.”

Ele voltou-se para Roberta e disse:

“Você ouviu. Vamos ativar as BataFardas, chegar lá o mais rápido possível com sua velocidade e resgatar a galera do ônibus, junto com Simone e Sabrina.”

Roberta: “Certo!”

Ao ouvir estes nomes, Felícia perguntou:

“O que... houve com elas, Tarso?”

Ele responde, de forma embaraçosa:

“Bem, Felícia, é que... elas estão com um... problema e nós... vamos resolver logo.”

Felícia: “Eu posso ir também?”

Quem respondeu foi Angélica:

“Hã, Felícia... É melhor deixar isso com os Batarangers, minha querida. Aliás, você vai comigo e com o capitão até a base.”

Felícia olhou para Tarso, que disse:

“A doutora tem razão, Felícia. Vá para a base e promete trazer a Sabrina em segurança.”

Felícia: “Tudo bem, Tarso. Só... tome cuidado.”

Tarso: “Igualmente. Vamos, Roberta.”

Então, Roberta pegou Tarso pelo colo e disparou em supervelocidade.

Angélica disse ao capitão:

“O senhor tem medo de altura, capitão?”

Capitão Torelli: “Não.”

Angélica abriu suas asas e disse:

 “Ótimo. Então, vou voar segurando o senhor, enquanto Felícia vai nas minhas costas, porque ela é leve.”

Capitão Torelli: “Certo, doutora. Só quero ver a cara de Lopes quando me ver, hehehe...”

Angélica: “Nem quero imaginar, hehehe... Vamos lá!”

Então, Angélica levantou voo segurando o Capitão Torelli e com Felícia às suas costas em direção à base.


Avenida Presidente Vargas


Tarso e Roberta, trajados das BataFardas, encontraram o ônibus onde estavam as irmãs Reis, que estava cercado pelos homens-cupins.

Roberta: “Vou fazer o vórtice para espantar esses bichos e aí você tira o pessoal do ônibus.”

Tarso: “Certo, mas vou levá-los para onde? A avenida está tomada desses bichos!”

Roberta: “Hum, acho que a Central é um bom lugar para se esconder.”

Tarso: “Boa ideia. Vamos fazer isso.”

Então, Roberta fez o vórtice, espantando os homens-cupins e Tarso bateu na porta do ônibus para o motorista abrir.

Tarso: “Minha parceira está espantando os bichos. Leve os passageiros para a Central, mas saiam correndo sem olhar para trás. Ah, e avise a todos que virem pelo caminho para se abrigarem lá.”

O motorista assentiu e ele ordenou para os passageiros saírem do ônibus. Eles foram descendo um a um e foram correndo até a Central. Quando chegou a vez das irmãs Reis, Sabrina correu, mas para abraçar Tarso.

Sabrina: “Tarso, você voltou! Estou muito feliz!”

Tarso: “Oi, Sá, hehehe... Pois é, nós voltamos, mas nem pudemos descansar.”

Sabrina: “Cadê a Felícia? Não me diga que ela não voltou!”

Tarso: “Calma, Sá, ela voltou com a gente, mas ela foi para a base.”

Sabrina: “Ufa, ainda bem!”

Simone aproximou-se de Tarso e disse:

“Que bom que vocês voltaram, Tarso. Não aguentava mais essa pentelha perguntando sobre vocês.”

Tarso: “Obrigado pela preocupação, meninas, mas vocês precisam ir até a Central para se abrigarem dos homens-cupins.”

Sabrina: “Mana, eu quero ir para a base ver a Felícia.”

Simone: “Depois você vai vê-la, Sá. No momento, vamos fazer o que Tarso disse.”

Sabrina: “Não, eu quero ver a Felícia agora!”

Simone: “Não seja teimosa agora, Sabrina! Você não vê a situação que estamos, garota?!”

Então, Sabrina começou a chorar. Tarso, então, disse à Simone:

“Simone, deixe-a ir para a base ver a Felícia. Eu peço para a Roberta levá-la até lá.”

Simone: “Roberta? Ela está aqui?”

Tarso: “Não percebeu a ventania? É Roberta que está fazendo para espantar os homens-cupins.”

Simone: “Entendi. Tá, Sabrina, você pode ir ver a Felícia.”

Imediatamente, a garota parou de chorar. Enquanto isso, o último passageiro do ônibus desceu.

Tarso: “Ok, Roberta, pode parar.”

A BataLaranja parou de correr, cessando o vórtice.

Roberta: “Bem, essa área está limpa, mas aqueles bichos podem voltar para cá.”

Tarso: “Ótimo. Roberta, pode levar Sabrina para a base?”

Roberta: “Claro, mas e você?”

Tarso: “Eu me viro. Vá logo.”

Roberta: “Certo. Vamos, Sabrina.”

Então, a velocista pegou Sabrina no colo e saiu em disparada até a base.

Tarso virou-se para Simone e disse:

“Vá para a Central se abrigar. Não se preocupe com sua irmã, ela vai ficar segura na base.”

Simone: “Não, não quero ficar longe da minha irmã. Eu quero ir para a base com você.”

Tarso: “Tudo bem, mas caso não saiba, não sou velocista, então, vai demorar um pouco para chegarmos até lá.”

Simone: “Tem que ter um jeito.”

Então, convenientemente, um motoqueiro estava passando por perto. Tarso fez a moto parar, dizendo com ar de autoridade:

“Parado, Força Especial Bataranger. Preciso do veículo por um momento e peço para que se abrigue na Central, devido aos ataques das criaturas. Aliás, quando isso acabar, o senhor pode buscar a moto na base.”

O motoqueiro não pensou duas vezes e desceu da moto, saindo correndo até a Central. Tarso subiu na moto e fez sinal para Simone subir na garupa. Ela não pode deixar de comentar:

“Uau, isso é que é persuasão, para não dizer o contrário.”

Tarso: “Situações desesperadas requerem medidas desesperadas. Vamos nessa. Segure firme.”

E os dois foram na moto “emprestada” até a base.


BataBase – Entrada


Tarso e Simone chegaram à base e viram que Roberta e Sabrina estavam sozinhas na entrada. O BataSilver desativou sua BataFarda e perguntou à companheira:

“Ué, cadê a doutora e os outros?”

Roberta: “Pois é, Tarso, nós acabamos de chegar e não os vimos. Alguma coisa aconteceu no caminho.”

Sabrina: “Poxa, achei que Felícia já estivesse aqui.”

Roberta: “Eu também, garotinha, mas algo deve ter desviado o caminho deles.”

De repente, eles levaram um susto, porque Angélica se materializou diante deles, junto com Capitão Torelli e Felícia.

Tarso: “Doutora! O que houve? Por que demoraram?”

Angélica: “Bem, parece que o comandante esqueceu de avisar que o espaço aéreo estava congestionado... Tive que ficar desviando dos homens-cupins até chegar aqui, mas graças a Deus, todos estão aqui em segurança.”

Ao ver Felícia, Sabrina não pensou duas vezes em correr para abraçar a amiga.

Sabrina: “Oh, Fê, já estava com tanta saudade! Você voltou daquela ilha! Você voltou!”

Felícia: “Sim, Sá, eu voltei, mas não foi nada fácil.”

Sabrina: “O importante é que você está de volta. Fiquei muito preocupada!”

Simone: “Quem dera fosse só isso... Felícia, ela ficava perguntando por você o dia inteiro!”

Felícia: “É mesmo? Bom ver você, Simone.”

Simone: “Igualmente. Dra. Angélica, que bom ver a senhora também.”

Angélica: “Igualmente, Simone. Como Felícia disse, não foi nada fácil voltar para cá.”

Simone estranhou a presença do Capitão Torelli e Tarso os apresentou:

“Simone, este é o Capitão Eduardo Torelli, que foi meu comandante na época de DT e que encontramos lá na ilha. Capitão Torelli, esta é Simone Reis, minha vizinha, e aquela garotinha é a irmã dela, Sabrina.”

Capitão Torelli: “Muito prazer em conhecê-la, Simone. Não sabia que Monteiro tinha uma vizinha tão bela.”

Simone: “Hihihi, são seus olhos, capitão. Prazer em conhecê-lo também.”

Angélica tomou a palavra e disse:

“Pessoal, vamos entrar na base logo, antes que os homens-cupins venham até aqui.”

Os outros assentiram e foram entrando na base.


No próximo capítulo:


Os Batarangers e o comandante se reencontram com o grupo da Ilha das Rosas e as irmãs Reis.

2 Comentários

  1. Um episódio pra lá de tenso com os Batarangers tendo que enfrentar uma verdadeira infestação de Homens-Cupins.

    Araújo se mostra uma vez mais, bom ardilosa.

    Um gênio serviço do mal.

    Ótimo capítulo !

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