Ola Tokuleitores!
Antes de mais nada, peço perdão pela confusão do capítulo passado.
Eu acabei postando o capítulo de hoje na segunda feira, deixando os leitores confusos... Portanto, esse capítulo de hoje é o mesmo que foi postado na segunda, então, talvez seja interessante você voltar ao capítulo 10 antes de ler e, por favor, comentar esse aqui.
Então, desculpem pela gafe e boa leitura!
Jiraiya R
#11
Reviravoltas.
Reviravoltas.
A
notícia começara de forma discreta, em poucas emissoras locais, mas a cada
instante o escopo de tal acontecimento seguia numa crescente, aparecendo
praticamente em todos os canais de televisão japoneses, bem como nas redes
sociais mundiais.
Não
demorou muito para que praticamente cada pessoa visse, pela internet ou em seus
canais de notícia favoritos, a estranha imagem de um domo negro que tomou
vários quarteirões de uma das áreas mais violentas de Tóquio.
Isso
logo após algumas imagens e vídeos de uma luta entre pessoas vestindo trajes
coloridos terem viralizado por toda a internet.
Naquele
exato momento, ao redor do estranho fenômeno, devido à evacuação efetuada pelas
autoridades locais, reinava a mais pura e completa paz, sem pessoas circulando
e tentando gravar mais vídeos, nem mesmo animais estavam ali, a maioria tendo
fugido apavorada da energia negativa que dali emanava, numa incômoda calmaria.
Provavelmente
aquela que antecederia a pior das tempestades.
-
Não consigo entender os propósitos dessa máquina meu senhor Dokussai...
- Por que tal informação
não lhe concerne Madogarbo...
– enquanto observava seu mais poderoso servo ajustando toda uma parede tomada
por diversos aparelhos, misto de tecnologia avançada e imagens profanas, o
renascido mestre das trevas mantinha as mãos cruzadas atrás das costas. – Para poder retornar a esse mundo tive
de fazer pactos com criaturas de outras dimensões... Criaturas profanas que
irão cobrar um alto preço caso eu não faça a minha parte...
De
repente silêncio, o demônio abaixara a cabeça, colocando um dedo sobre a
têmpora esquerda e a massageando levemente, até erguer seu olhar, agora
fulgurando como dois planetas vermelhos perdidos numa imensidão negra, fazendo
com que seu servo conhecesse levemente uma emoção humana que ele acreditava ser
incapaz de sentir.
Medo.
Profundo e sufocante.
- Mas por que estou me
explicando para você? Ligue imediatamente o aparelho... Imagino que o sangue
coletado do moleque Yamashi, somado ao daquele cientista, que deu a vida para
salvar a filha do colega, devem bastar para abrir...
Novamente
ele ficou em silêncio, agora saboreando mais uma vez a recente vitória sobre
seu mais odiado inimigo, enquanto Madogarbo continuava a mexer nos aparelhos à
sua frente, causando um estranho som de chiado que preencheu o local onde, a
poucas horas atrás, Benikiba havia dado à luz um monstro, tomado pela essência
de seu próprio pai, morrendo horrivelmente logo depois.
O
ar pareceu crepitar levemente e logo uma distorção surgiu, dando lugar a um
tipo de energia negra, que começou a se mover, formando uma espiral e em poucos
segundos uma figura basicamente humana, lembrando as formas de uma voluptuosa
mulher, começou a surgir.
Pouco
a pouco a imagem foi se ajustando, conforme o portal ficava mais e mais estável
e então era possível ver realmente uma mulher, pele extremamente branca, seios
fartos à mostra, nada cobrindo-lhe os órgão genitais, mas o que mais chamava a
atenção era o corpo repleto de estranhas tatuagens e, é claro, os olhos.
Terríveis
olhos dourados, em globos enegrecidos, numa forma mais oval do que olhos de
seres humanos, deixando bem clara que a origem daquela criatura não era desse
mundo.
- Minha senhora... – Dokussai estendeu sua mão na
direção da súccubus, um leve tremor de excitamento transpareceu, ainda mais
quando sentiu as pontas das longas unhas dela tocando em sua palma, mas logo
sua expressão mudou, quando o portal começou a apresentar estranhar oscilações.
– O que está acontecendo Madogarbo?
-
Não sei meu senhor! A máquina está
consumindo mais energia do que o esperado! O portal não vai resistir...
Mal
as palavras saíram da boca do monstro, uma explosão silenciosa ocorreu,
desfazendo de imediato o portal, deixando um braço inteiro da súccubus caído ao
chão, apresentando uma série de espasmos até ficar inerte.
- Maldição! – o demônio desembainhou sua espada,
cobriu a distância que o separava de seu servo e encostou a lâmina no pescoço
dele. – Conserte isso! Agora!
-
Não posso... – entre engasgos o monstro tentava se explicar o mais rápido
possível, tencionando permanecer com sua cabeça no lugar. - Apenas essa pequena
abertura consumiu todo o estoque de sangue dos sacrifícios...
- Mande aquele gigante
inútil trazer nossos prisioneiros imediatamente... Aquele americano idiota, a
mulher do Jiraiya, aquela menina loira, os agentes especiais... Até mesmo os
ciborgues... Talvez eles possam dar algum sangue afinal...
Imediatamente
Madogarbo fez conforme o exigido, saindo do local o mais rápido que suas pernas
eram capazes, deixando um encolerizado Dokussai se voltando para onde o braço
de sua senhora havia caído.
Para
sua surpresa o local agora estava vazio, tendo deixado apenas um poça de sangue
negro, já quase seca.
Antes
que ele pudesse efetuar uma busca, Madogarbo entrou correndo na sala, no
semblante, sempre sério e ameaçador, uma expressão de terror estampada.
-
Me-mestre...
- O que é?! Por que não
me trouxe os sacrifícios?
-
E-eu... E-eu...
- Fale logo criatura
maldita!
-
Os prisioneiros... Sumiram.
XXX
Antes.
Primeiro
foi um flash de luz.
Logo
depois um tranco no corpo, que se ergueu e voltou a cair sobre uma superfície
dura.
Só
então sua consciência finalmente voltou.
-
Agnes!
Toha
se ergueu violentamente, a mão estendida na direção do teto, tentando segurar a
de sua amada, lembrando ainda das ameaças do inimigo que o derrotara, para só
então se lembrar do destino de seu querido irmão.
As
lágrimas finalmente caíram fartas nessa hora.
Após
alguns soluços que estremeciam seu corpo, quando pareceu finalmente se dar
conta eu estava vivo, ele olhou para os vários curativos espalhados pelo seu
corpo, todos ligados a fios, a maioria saindo de faixas que cobriam totalmente
seu punho, que se estendiam da ponta dos dedos da mão direita até quase seu
ombro.
Tudo
ligado a uma parede tomada por algo que parecia ter saído de um filme de ficção
científica, várias máquinas cuja função era impossível de discernir, ele olhou
ao redor e percebeu estar deitado em um tipo de maca, dentro de um laboratório.
-
Mas o que? Onde eu estou?
“Finalmente
acordou.”
Uma
voz conhecida ecoou pelo local, ainda que sofrendo uma distorção eletrônica e
fez com que o ninja agora olhasse ao seu redor procurando a origem do som,
percebendo que ela ecoava das paredes.
“Espero
que esteja sentindo-se bem.”
-
Hã... Doutor Smith?
“Pode
me chamar agora apenas de Smith.”
-
Não estou entendendo... Onde o senhor está?
“Ao
seu redor... Minha consciência foi imediatamente transferida para esse
laboratório assim que minhas funções vitais cessaram... Um estratagema que
escolhi para evitar que meu intelecto, ou mesmo minhas invenções viessem a cair
em mãos erradas caso..”
-
Espere aí... – aquilo era demais para ser absorvido pela mente já traumatizada
de Toha. – Quer dizer que o senhor morreu?
“Sim...
A poucas horas atrás meu corpo foi trespassado pela espada de Oninin Dokussai,
enquanto defendia a vida de Valérie, a filha de um velho amigo... E tão logo meu corpo deu as últimas
batidas do coração, minha mente foi transferida para cá e pude, com a ajuda de
alguns drones, salvá-lo assim que seu corpo foi lançado ao esgoto, a única
forma de contornar o domo que foi erguido sobre aquela região...”
A
explanação da voz eletrônica ainda continuou por alguns minutos, mas Toha abaixara
a cabeça, mal prestando atenção aos detalhes da narrativa, em seu íntimo ardia
um misto de ódio, tristeza profunda e uma imensa decepção consigo mesmo. Não
conseguira salvar seu irmão e agora ficava sabendo que até um antigo e querido
amigo também havia tombado ante o maldito monstro que havia ressurgido.
“O
mais importante, no entanto, é... O que vamos fazer agora.”
-
Como assim? – Toha erguia as mãos com as palmas viradas para cima, num gesto de
total desistência. – Não tem o que fazer... Dokussai, ele está forte demais...
Ainda tem todos aqueles servos dele, muito mais poderosos do que os antigos
ninjas que enfrentei... Nem o Jiban conseguiu enfrentá-los e eu... E-eu...
Estou muito ferido... Seus curativos estão me deixando bem melhor, mas ainda assim,
mal posso fechar minha mão direita e...
Uma
série de luzes se acendeu num painel, indo até uma porta metálica, como se
indicasse um caminho a ser seguido pelo ninja.
“Quando
acabar de listar todos os motivos pelos quais você não pode enfrentar seu inimigo
e resolver se lembrar de todas as vidas que ainda estão em jogo, siga esse
caminho e se prepare para enfim revidar.”
As
palavras duras e insensíveis da IA tiveram o efeito necessário e Toha limpou as
lágrimas que ainda corriam pelo seu rosto, surpreso com a intensidade emocional
demonstrada pela voz que ecoava ao seu redor, mostrando mais uma vez o gênio do
doutor Smith.
Ele
respirou fundo, lembrou-se uma última vez de sua amarga derrota, dos amigos
capturados e decidiu ver até onde iriam os planos arquitetados pelo amigo de
seu pai, que o havia ajudado muito anos atrás, num de seus piores momentos.
Ele
poderia fazer algo parecido mais uma vez?
O
ninja ficou parado diante da porta metálica e assim que ela deslizou para o
lado direito, revelando o interior de uma pequena sala, os olhos de Toha se
arregalaram com o que lhe era mostrado, ao mesmo tempo em que um involuntário
sorriso se formava.
“Agora...
Que tal levarmos aos nossos inimigos uma justa retribuição?”
Conclui a seguir.
9 Comentários
Cara... Simplesmente tudo que se pudesse imaginar sobre Jiraiya, tu conseguiu imaginar... Tu deixou muito melhor que a saga original, e olha que estamos em apenas 11 capítulos... Melhorou os que poderiam se sair melhores, deixou monstruosos os que deviam ser, tu simplesmente deu um upgrade na série inimaginável e ainda misturou elementos de terror com sentimentos à flor da pele... Eu não duvido de mais nada nessa saga, nem do Jiraiya sair dentro de uma "Dokussai-Buster" agora e rachar ele no meio... Sinceramente maravilhoso, perfeito, muito bem bolado e pensado! Tu é o Sion mesmo!! \0/
ResponderExcluirFico muito, mas muito feliz pelos meus textos agradarem um escritor tão bom quanto você. Esse capítulo 11 foi pensado como a calmaria que antecede a tempestade... Espero que no capítulo final você não se decepcione.
ExcluirValeu mesmo por acompanhar e pelos comentários!
Episódio tenso. Já tinha visto, então só digo que passei por aqui pra dizer que está sensacional.
ResponderExcluirValeu o comentário amigão!
ExcluirE mais uma vez desculpe a gafe!
Esse episódio é a calmaria? E olha que foi tenso, mas menos que os anteriores... mas, o cenário está construído para a batalha final.
ResponderExcluirPois é... uma pequena calmaria.. hahahaha
ExcluirAgora o bicho vai pegar no final.
Mais um grande episódio.
ResponderExcluirÉ nas derrotas que um campeão ressurge e vence!
Essa é a premissa!
Final imprevisível!
Ótimo trabalho ,Norberto!
Valeu amigo!
ExcluirQue bom que está gostando.
Espero que te agrade também o que vem por aí!
Valeu mesmo o comentário!
E aqui vemos o terreno sendo preparado para a luta final.
ResponderExcluirEu quase acreditei que Toha fosse desistir... Doutor Smith é mesmo um gênio, gosto como você parece conhecer bem a psique das personagens, porque todas as atitudes tomadas, maneirismos e ideias, como esse estratagema do Dr. Smith, são coisas que eu realmente consigo ver as personagens lá da série original de 88 fazendo.
Eu te parabenizo pelo seu conhecimento sobre a série Sekai Ninja Sen Jiraiya, que é um dos meus tokusatsu favoritos inclusive.