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Esquadrão Mítico Tupangers 18 - Ou vai, ou Racha

 

Olá a todos. Como eu ando empolgado para escrever as histórias. Tupangers chega ao seu ápice, logo mais teremos algumas revelações. Leiam e comentem, para que eu saiba como melhorar ainda mais o conto.

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- Obviamente autorizado, caro amigo. – Disse Tupã, aparecendo de maneira magistral – Era fácil saber o próximo passo. Eles pegarão os parentes de nossos representantes caso os deixemos no plano comum.

 Guaraci agradece a Tupã, e logo os guerreiros se dividem, indo cada um atrás de seus parentes, e os trazendo para o plano mítico. A parte mais difícil foi fazer com que eles acreditassem que eram eles a bordo daquele robô gigante... Mas ao se transformarem na frente dos parentes, fizeram com que acreditassem com um pouco mais de facilidade.

 Os que mais demoraram a acreditar foram os pais de Pedro, que acharam que era mais uma mentira do filho para ir em um evento destes de cultura japonesa. Por mais que a pandemia tivesse acabado, a economia ainda não tinha se recuperado.

 - Vocês acham que ainda vai ter evento de anime com essa confusão que a economia do país se tornou? Tenham dó, vai? – Disparou Pedro para seus pais.

 - Você já fez isso, Pedro. Acha que ainda vai nos enganar? Onde arrumou esse cosplay aí? Cheio de tecnologia e transformação sozinha? – Perguntou a mãe de Pedro.

 - Isso não é um cosplay, mãe! É o meu traje de Tupanger! – Quase grasnou Pedro.

 - Tupangers. Agora os japoneses estão estudando a mitologia do nosso país, é? – Perguntou o pai de Pedro, curioso.

 - Eu não vou deixar a minha casa e os meus amigos por causa de uma ideia idiota sua, irmão – Disse a irmã mais nova de Pedro.

 - Eu posso mostrar a vocês que não estou mentindo... Caramba, dá pra vocês acreditarem em mim ao menos uma vez? Dá pra confiar em mim? Eu não preciso mais fazer criancice para ir em evento de cultura japonesa, e afinal de contas, de novo, vocês acham que vai ter alguma coisa com o caco que ficaram as lojas e os lugares para alugar para ter algum evento? – Exasperou-se Pedro – será que eu vou ter que chamar o meu patrono para vocês verem?

 - Querida, ele não insiste em algo tanto assim. Se fosse um evento, ele não falaria por tanto tempo e insistiria em uma ideia assim. É realmente sério isso, filho? – Perguntou o pai de Pedro, agora sério. O adulto era conhecido por sua sensatez, e a fama deixou o guerreiro de Guaraci aliviado.

 - Por isso tô pedindo pra vocês virem comigo. A coisa vai ficar feia, e você sabe o quanto o governo gosta quando entra em uma “caça às bruxas” assim, não quero vocês alvo desse povo! – Respondeu Pedro aliviado, mas ainda assim preocupado.

 - Vamos com ele, querida. Ele tá sério e preocupado conosco, eu quero dar este voto de confiança. – Convidou o pai de Pedro.

 A mãe de Pedro respirou fundo e olhou seriamente para o marido. Ele não podia estar falando sério. Mas quando o fez, viu que ele queria confiar mesmo no filho.

 - Fazer o quê, né. Se for uma mentira, você vai se ver comigo, moleque. – Ameaçou a mãe de Pedro. A irmã sequer esboçou reação, onde seus pais fossem, ela iria.

 - Obrigado, pai, mãe, mana!! Vocês não vão se arrepender de confiarem em mim! – Agradeceu Pedro, puxando o capacete, colocando-o na cabeça e pedindo por telepatia que abrissem o portal para levar sua família para o plano mítico.

 O portal foi aberto e os quatro passaram, deixando a casa trancada para que ninguém entrasse.

 A visão que eles tiveram quando entraram foi algo de outro mundo, mas que vocês, leitores, já estão acostumados. Também acabaram vendo muita gente, todos os parentes dos Tupangers estavam ali, cada um tinha seu lugar para ficar.

 - Mas... Por que está tão cheio assim? – Perguntou o pai de Pedro.

 - São as famílias dos outros Tupangers que eles buscaram também. – Respondeu Pedro, sorrindo.

 - Então parece que o meu voto de confiança foi recompensado. Obrigado por ter crescido, filho. – Replicou o pai de Pedro.

 Depois de terem deixado seus parentes nas barracas, todos estavam perfilados em frente aos deuses despertos, Aiyra e Iúna.

 - Agora que seus parentes estão seguros, se faz imperativo que salvem a pessoa que vocês chamam de Jair Bolsonaro, líder do país. Estar sob o domínio de Japeusá só vai afetá-lo mais e mais, maximizando seus defeitos. – Disse Tupã, analisando a situação.

 Os Tupangers fizeram um gesto significando que tinham entendido a ordem, mas agora era a hora de planejar. Afinal de contas, eles iam fazer uma incursão no Palácio do Planalto, e aquilo poderia ser considerado crime de várias maneiras. Precisavam fazer aquilo de maneira bem sensível para não se prejudicarem mais tarde.

 ...

Plano Humano, Brasília, 14h.

 Enquanto isso, Japeusá ficava incitando Bolsonaro a procurar pelo país inteiro pelos Tupangers, principalmente em São Paulo. O Governador do Estado também estava na linha, afinal de contas, a maioria dos guerreiros era dali, dificilmente apareceriam outros lutadores de outros estados.

 - Droga, droga, DROGA!! – Praguejava Japeusá, pois a primeira premissa era procurar os parentes dos Tupangers, mas de uma hora para outra eles haviam sumido. Sabia que eles haviam se precavido e os ocultado, provavelmente eles estavam no plano mítico, e se estavam já gozavam da proteção de Tupã e dos outros.

 “Acho que me precipitei. Mandei Jair fazer um pronunciamento e acabei trocando os pés pelas mãos. Eles usaram isso para ocultar os parentes e dificultar a minha vida”, pensou Japeusá, mais calmo após respirar um pouco. “Eu acho que eu os subestimei. Agora acho que, com os familiares protegidos, eles virão salvá-lo. É aí que eu tenho de me preparar”.

 

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Plano Mítico, dia seguinte

Eles haviam passado a tarde inteira daquele dia em que souberam dos planos de Japeusá para pensar em um contra-ataque, porém o que eles sabiam do vilão era muito pouco, apenas que ele desejava instaurar o caos no mundo, começando pelo Brasil.

 - Esperem, pessoal... Já sabemos mais ou menos como a cabeça dele funciona. Vejam se lembram de todos os monstros que enfrentamos até hoje. Ele tentou usar a nossa poluição contra nós, e nós vencemos. Ele tentou usar o tamanho como vantagem, e nós ativamos o Tupan God, que acabou com qualquer vantagem que ele tivesse. Ele tentou usar a nossa tecnologia contra nós mesmos, e nisso, modéstia a parte, mandei benzasso e nós salvamos o mundo mais uma vez. – Pedro parecia muito orgulhoso daquilo. Ele, com seu nível de conhecimento, havia conseguido parar uma ameaça de nível mundial.

 Mas ele não se deteve, continuou a enumerar os inimigos que a equipe venceu, até chegar ao último, Varpo. Claramente o mais difícil de ser vencido. Ele não era o mais forte ou o mais rápido, mas sim seus problemas causaram uma situação da qual eles quase não haviam escapado com vida.

 - ... E este aí só vencemos pela força do ódio do Fábio, que colocou a faca nos dentes e disse que a gente que tinha que honrar a farda, 06! – E todos riram com a Clara menção ao filme intitulado “Tropa de Elite”, que com um trocadilho pra lá de horrível vindo de Pedro, era o que eles eram naquele momento.

 Fábio chegou perto de Pedro e fez um cumprimento de mão, daqueles que os garotos utilizam hoje em dia.

 - Percebemos que ele não só conhece onde moramos mas nos respeita como adversários, porque até agora ele não repetiu nenhum monstro, e só tentou usar de subterfúgios. – Concluiu Pedro.

 - Tá gastando dicionário, hein, Pedrão? – Zuou Alexandre.

 - Fazemos o que podemos. – Respondeu ele enquanto todos riam – Mas agora sério, gente. Foco. Ele tá tentando usar o presidente da república pra nos atingir, significa que ele tá desesperado, ele nem conhece o político que tem nas mãos, é quase uma bomba atômica ambulante aquele cara. O que precisamos fazer é desfazer o que foi feito de controle, e eu tenho quase certeza que ele vai usar isso pra ganhar terreno em cima da gente pra poder ganhar a guerra. Mas eu digo, temos uma carta na manga que ele não faz ideia que temos. – Concluiu Pedro, mantendo o silêncio, esperando que alguém perguntasse o que era.

 Isis quebrou o silêncio depois de algum tempo.

 - Por acaso essa carta sou eu? – Perguntou ela ingenuamente.

 - Ela precisou se apresentar pra eu estar certo. Que decepção, pessoal. Sim, Isis. É você o nosso trunfo. Ele não sabe quem você é, seus pais já estão seguros aqui no plano mítico e você pode causar um estrago que ele nem sabe de onde saiu o coice. Mas é aí que entra a nossa inteligência, você tem que ser transformar lá, em Brasília, entende? – Perguntou Pedro, empolgado.

 - Pra pegar ele na retaguarda, isso era óbvio, Pedro. – Respondeu Eduardo, com um sorriso sarcástico no rosto.

 A resposta deixou Pedro ainda mais empolgado.

 - E assim pegamos Japeusá com as calças na mão, libertamos o presidente e salvamos o dia. YEAH! – Vibrou Pedro.

 - Parece que o Hammie tomou café hoje – Zuou Amanda, com uma referência ao filme de animação intitulado “Os Sem Floresta” e ao esquilo cujo nome foi citado. Todos riram novamente.

 - Mas é realmente esse o plano. Vocês têm que ir cientes de que ele vai estar disposto a tudo pra matá-los. – Disse Aiyra.

 Todos olharam para Aiyra com pesar, por mais que ela estivesse sendo pessimista, era a verdade. Japeusá somente olhava para o próprio umbigo havia milênios, não seria agora que tudo se resolveria em um passe de mágica.

 - Então vamos, Tupangers. Nosso inimigo nos espera. E se não formos, o líder do executivo do Brasil vai cair, não de um jeito que qualquer um tenha pedido abertamente. – Disparou Fábio, pronto para seguir em frente.

 Todos assentiram com a cabeça, preparados até mesmo para o pior.

 Os oito atravessaram o portal já em Brasília, próximos do Palácio do Planalto, em um lugar onde eles não seriam detectados por ninguém. Não tinham mais a vantagem de serem desconhecidos graças a Japeusá, agora era preciso manterem-se no plano mítico, para proteger os seus até que essa guerra sem sentido aparente perdurasse.

 Disfarçados como seguranças do Planalto, eles aproveitaram pra dispersar um início de manifestação que ocorria ali para não levantar suspeitas e, de certa maneira conseguiram adentrar o palácio.

 Como tinha sido combinado antes, eles seguiriam para a sala da segurança para obter credenciais, o que era a primeira fase mais complicada, por isso iriam apenas Fábio, Alexandre e Eduardo, que tinham as melhores formas físicas do grupo.

 Ao chegarem no local, havia apenas dois presentes, e eram especificamente da guarda presidencial, o que era muita sorte. Os cumprimentaram, e, com um movimento bastante rápido, os imobilizaram e os desmaiaram, deixando-os de tal forma que eles pareceriam ter cochilado após o almoço.

 Haviam várias credenciais em um determinado armário, e os três pegaram os documentos de acordo. A sorte era que tais documentos não tinham foto, o que dariam cobertura ao plano.

 Em duplas, os oito andaram pelo palácio, cruzando os corredores, indetectados. No caminho encontraram alguns políticos famosos, que foram cumprimentados com meros acenos de cabeça quando qualquer um deles resolveu fazê-lo. E, em momentos diferentes todos chegaram aos corredores da sala da presidência.

 Mesmo ali era possível sentir a corrupção de Japeusá nos seguranças presentes. Cada um deles foi purificado silenciosamente graças aos Tupangers encostarem suas pedras míticas de transformação nas testas de cada um. Eles acordavam e davam seu depoimento, de como eram levados até onde o presidente estava e como não lembravam de mais nada.

 Os guerreiros místicos pediam aos seguranças que lhes dessem cobertura para que a situação fosse corrigida, e todos aceitaram, agradecendo por terem sido salvos. Foi nesse exato momento em que todos tinham sido purificados.

 Era hora de entrar onde Bolsonaro estava.

 Entraram primeiro Fábio e Ada, líder e imediata do esquadrão. Cumprimentaram-no e permaneceram a um canto, esperando aparecer o menor sinal de um dos corrompidos de Japeusá misturados aos seguranças, que não tardou a aparecer. Era um homem branco, bastante alto e forte, porém Fábio e Ada viram quem o ser era de verdade.

 Era uma criatura franzina, de aparência física fraca, semi humano, esquelético.

 Era quase um zumbi.

 Fábio pediu que este “segurança” o acompanhasse, e quando este menos esperou, foi purificado e dissolvido rapidamente.

 Enquanto isso, Ada pediu mentalmente à Ceuci que a ajudasse a sentir, em todo o palácio, se havia ainda a presença de Japeusá, a fim de que pudessem purificar a mente do homem a seu lado, e assim foi feito. O deus mítico do caos havia se retirado, por um mísero momento, para criar um monstro. Toda a intenção dele estava impregnada no local e Ceuci, por meio de Ada, pôde sentir e traduzir a intenção.

 Agora era a hora de purificar o presidente.

 Silenciosamente, Ada pediu que Isis entrasse, afinal de contas, ele era o homem infectado mais grave, e a purificação de Caupé era a mais forte. Ela entrou, imponente, mantendo a personagem (foi nesse momento que todos puderam ver o que uma atriz de fato podia fazer, ela havia dado dicas de como eles podiam se portar, o que deveriam falar e, mais importante, o que não falar).

 Isis encostou seu quartzo rosa na testa dele, fazendo com que a influência nefasta de Japeusá pairando por sua mente fosse dissipada aos poucos. Levou meia hora neste processo, mas ela conseguiu. Ao passo que retomou a consciência, ficou ciente de tudo o que havia acontecido, e como havia sido manipulado. Ele pôs as duas mãos à frente do rosto, entendendo o quanto sua guarda estava despreparada para estes assuntos.

 Entendeu também que ele tinha sido salvo.

 Porém, Japeusá já tinha sentido que sua influência sob o presidente havia cedido, e o médium de sua vontade havia sido dissipado. Tudo isso silenciosamente.

 Ao sentir qual deus tinha sido responsável pela libertação, sentiu Caupé, e entendeu que os Tupangers não eram mais sete, e sim oito, e que faltava apenas uma pessoa pasta completar a equipe, a pessoa que catalisaria todo o poder dos deuses.

 E amaldiçoou sua inação quanto a isso.

10 Comentários

  1. Uau! Ah Japeusá... Que garoteada foda...
    Ficou nessa de subestimar os oponentes e não fez nada para impedir que eles libertassem o presidente?
    Desde jeito vai ficar fácil pros tupangers.
    Um capítulo muito bom amigo. Eu só sinto um pouco de falta de finais mais impactantes na história, daqueles que te deixam ansioso pelo próximo capítulo... tirando esse detalhe tá muito bom!

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    1. É que às vezes os próprios deuses caem naquelas de esperar que os heróis sejam honestos e caiam em algo chamado "inocência heróica", mas os Tupangers não são inocentes, e tampouco bonzinhos... Fazem o bem, mas não são 100% paladinos, se é que me entende.

      Abraço

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  2. Maravilhoso, muito bom mesmo!! Começou já muito bem pelo Pedro tentando convencer seus pai sobre a ida para o plano mítico e eles rindo dele dizendo que era desculpa pra ir em eventos kkkkK! Depois passamos pela elaboração dos planos muito bem feito e chegamos finalmente à invasão muito bem feito do Planalto com a atuação muito bem narrada de nossos heróis! Outro ponto alto, a boa e belíssima participação da Ísis em sua primeira ação! Muito bom cara, meus parabéns!! \0/

    Única ressalva: Duvido que o Biroleibes ia aceitar as explicações de boa, ia ter chamado o resto da segurança porque eles eram vagabundos baderneiros petralhas chora mais, com uma caixa de cloroquina nas mãos! kkkkkk!

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    1. Hahahaha

      Lanthys, os capítulos virão. Fico feliz que tenha gostado!!!

      Abraço

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  3. Ótimo capitulo!
    Concordo com o Norberto.

    O Japeusá esta vacilando muito. Desse jeito, os Tupangers tirarão de letra.

    Só que não!

    Acho que vem bomba.

    Birelibles, O pateta, não é tão fácil de se domar.

    Vamos ver o que essas história vai dar.

    Parabéns.

    Ah, num aplicativo chamado Fábrica de Heróis fiz os três primeiros Tupangers, como eu entendi a descrição.

    Ada, Fábio e Pedro e suas formas míticas.

    Se quiser te mando.

    Parabéns, meu amigo!

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    1. Obrigado, mano, pode mandar sim, fico grato.

      Fico contente que tenha gostado.

      Abraço

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  4. Esses vacilos de Japeusa me parecem propositais. Há uma grande tramoia por trás disso. Os Tupan Rangers ainda vão sofrer.

    George, eu te parabenizo por mais um grande episódio!!

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  5. Retomando a leitura, gostei bastante de como destacou o Pedro nesse episódio, a relação dele com a família principalmente com o pai q foi de fato muito sensato, oq um verdadeiro pai deve ser, alguém q confia plenamente no filho, achei bem legal essa relação. Gostei tbm de como ele aplica seus conhecimentos sobre Sentai ao bolar o plano e revisa-lo, plano este muito bem executado, oq realmente me dá a impressão como o resto da glr de q ou o Japeusá tá muito relaxado ou ele tá testando até onde consegue chegar

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    1. É bom quando você lê as coisas e percebe algumas coisas bem rápido. Mas qual será qual? Hehe

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