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Lugi Ep 5

 

 


 


Capítulo 5 - Demitido 


“Às vezes, a demissão não é o fim de um trabalho, mas o começo da liberdade de ser quem você realmente é.”








Anteriormente em Lugi:


“Com licença,” disse uma voz masculina.


 


Nesse momento, o jovem que assistia ao jornal desviou o olhar e focou à sua frente, onde viu um homem segurando alguns produtos.


 


O jovem pegou os produtos, passou-os no caixa enquanto conferia os valores.


 


 


 


 


 


 


 


 


Na entrada da loja, um homem usando máscara preta, moletom e chapéu preto olhava ao redor da loja. Ele fixou o olhar no caixa e entrou.









“Tome,” falou o jovem, entregando em sacolas os produtos do homem.


O homem pegou e respondeu: “Valeu,” começando a sair.


O jovem percebeu que faltava um real no troco do homem. Pegou uma moeda de um real, levantou-se da cadeira e tentou chamar o homem:


“Ei, cara! Cara, ei!”


Mas foi inútil; o homem já havia saído.


“Droga,” resmungou o jovem, colocando a moeda no balcão e sentando-se.


Quando se sentou, ouviu um baque de algo no balcão ao seu lado.


Tomou um leve susto, olhou para o lado e avistou uma garota.


Ela era uma jovem de estatura média, com cabelos curtos prateados presos por duas presilhas azuis e olhos de um azul intenso. Vestia as mesmas roupas que o jovem.


A garota havia colocado ao lado dele uma máquina de salsichas que continha oito unidades em palitos.


“Ufa, era só você, Origami. Não precisa chegar assim,” falou ele.


A garota, agora identificada como Origami, pegou a máquina de salsichas e a plugou na tomada. As salsichas começaram a girar nos palitos. Ela falou com um tom divertido para Luís:


“Pensava que você já tinha se acostumado com isso, Luís.”


“Até me acostumei, mas ainda assim, não faça isso! Eu posso pensar que é perigoso.”


“Então não deixe a guarda baixa e esteja atento. Você demorou um pouco para olhar para mim.”


“E pelo que vejo, de novo estava vendo TV e se distraindo.”


“Já pensou se eu fosse uma assassina?” falou ela, chegando muito perto dele, até encostar a testa na dele.


“Eu poderia ter te ameaçado, atacado e saído com o dinheiro do caixa,” disse ela, ainda com as testas encostadas.


Luís ficou meio em choque. Origami continuou:


“Seria uma pena ver seu rosto lindo machucado por isso, tome cuidado.”


Ela deu uma longa lambida na bochecha dele, depois um beijo, e voltou ao normal.


Luís ficou levemente corado e resmungou baixo:


“Essa garota exótica...”


Origami sorriu e começou a falar:


“Luís, foi o chefe que mandou você trazer a máquina de salsichas?”


“Positivo,” respondeu ele.


“Mas hoje não é a quinta das salsichas.”


“Segundo o chefe, ele disse que amanhã não abriria, que fará uma consulta.”


“Beleza então. Ele está nos fundos?”


“Sim. Inclusive, além de eu trazer a máquina, ele pediu para você ajudar ele lá nos fundos. Eu vou ficar aqui no caixa.” falou Origami.


“Ok então,” falou Luís, levantando-se. Ele passou por Origami, virou-se e disse:


“Cuida bem daí.”


Origami não respondeu, apenas acenou com a cabeça.


Luís seguiu para os fundos, entrando em um dos corredores da loja.


Origami se sentou na cadeira, guardou a moeda no caixa e desligou a TV pequena, apertando um dos botões na parte de trás.


“Bom dia,” disse uma mulher, aproximando-se do caixa com alguns produtos.


“Bom dia,” respondeu Origami, começando a conferir as compras e atendendo a mulher — enquanto isso, percebeu outros clientes se aproximando.


Nos fundos da loja, era possível ver que o espaço tinha um tamanho mediano — compatível com o porte de uma loja de bairro. Luís caminhava pela seção ao lado do caixa, a de produtos de limpeza, seguindo em direção à parte interna.


Logo chegou em frente a uma porta com um papel colado com adesivo, onde se lia: "Funcionários".


O jovem parou diante da porta e, antes de abri-la, olhou ao redor. Era possível perceber que a loja tinha quatro seções que levavam aos fundos. A que ele usara para chegar até ali era a Seção 1.


Enquanto observava o ambiente, Luís notou um homem — o mesmo que havia entrado na loja mais cedo. Ele usava roupas que dificultavam identificar suas características físicas: moletom preto, máscara e chapéu escuro. Estava na Seção 4, e, do ângulo em que Luís estava, dava para vê-lo apenas de costas.


Ele percebeu que o homem mexia em algo dentro do moletom.


Luís decidiu ignorar... e foi abrir a porta dos fundos.


[SOM DE COLISÃO]


“Aí, aí...” — falou Luís, se levantando meio atordoado, enquanto via algumas caixas caídas ao redor dele.


“O que foi isso?” — falou uma voz mais à frente de Luís.


Quando Luís focou melhor a visão, percebeu que havia trombado com seu chefe, que agora estava bem na sua frente.


“Chefe, você tá bem?” — falou Luís, indo ajudar o homem a se levantar.


Quando o ajudou a ficar de pé, o chefe falou, visivelmente irritado:


“Tinha que ser você... Não sabe nem bater em portas, seu incompetente!”


“Quantas vezes eu já te falei que, antes de abrir uma porta aqui, tem que bater?”


“Acho que... só umas três vezes.”


“SÓ TRÊS VEZES? SÓ TRÊS VEZES?! NÃO BRINCA COMIGO! FORAM MUITO MAIS VEZES! E NÃO FOI SÓ ISSO!”


No momento em que o chefe gritou, uma série de flashbacks começou a passar.


No primeiro flashback, mostrava Luís colocando produtos na prateleira. Após organizar tudo, ele se encostou na prateleira de trás. Se encostou tanto que quase a derrubou. No final, conseguiu segurar a tempo, mesmo com muito esforço.


No segundo flashback, Luís aparecia entrando na sala dos funcionários, que na verdade era um corredor estreito com quatro portas — duas de cada lado. Cada uma tinha um papel adesivado indicando sua função.


Ele foi em direção à porta que dizia “Banheiro”. Ao abri-la, deu de cara com Origami sentada no vaso sanitário. Ele corou levemente. Origami o encarou com o rosto em estilo chibi e disse:


“Não gostaria de entrar?” — completou, piscando um dos olhos.


[Som de pessoa envergonhada]


“F-foi mal! E-eu... eu só tava passando!” — gaguejou ele, fechando a porta lentamente, ainda olhando para ela com vergonha.


No terceiro flashback, Luís estava fazendo uma torre com latas de leite em pó. Ele já havia completado cinco torres e estava prestes a terminar a sexta, quando, sem querer, esbarrou em uma delas. O efeito dominó foi inevitável: todas as torres desabaram uma após a outra.


[Fim dos flashbacks]


“Olha... pelas minhas contas, estão certas! O senhor só falou de três momentos assim,” disse Luís, tentando se defender.


O chefe o encarou e gritou novamente:


“E com esse de agora são quatro! Se você fizer alguma besteira de novo, vai estar despedido!”


“Ok, senhor,” falou Luís, fazendo o sinal de sentido como um soldado.


“Não fique parado! Pegue essas caixas e coloque os produtos nas prateleiras, AGORA!” gritou o chefe.


Luís acenou com a cabeça e começou a recolher as caixas caídas no chão. O chefe se afastou dali, dirigindo-se ao caixa e depois à entrada da loja.


Luís começou a organizar as caixas. Eram seis no total. Ele as empilhou, formando duas torres, cada uma com três caixas. Com cuidado, abriu a primeira delas e começou a tirar os produtos, organizando-os nas prateleiras próximas com atenção.


Enquanto isso, na parte da frente da loja, a câmera cortava para o caixa.


Origami estava atendendo os clientes com sua habitual calma e precisão. Havia uma pequena fila: uma mulher no caixa, à frente, dois clientes atrás dela... e, por fim, o homem de moletom preto, máscara e chapéu escuro — parado, imóvel, como se observasse tudo com atenção.


Origami passava os produtos da mulher com naturalidade, escaneando e dizendo os valores, enquanto colocava tudo cuidadosamente nas sacolas.


O chefe, por outro lado, estava encostado mais ao lado da fila, rindo alto e tentando puxar conversa com uma das mulheres que aguardavam. Ele ajeitava o cabelo e dizia, com um sorriso forçado:


“Você sabia que fui vice-gerente da filial central por três anos? Se precisar de desconto, posso até dar um jeitinho...”


A mulher sorria desconfortável, desviando o olhar, claramente querendo que ele parasse.


Origami terminou de passar os produtos da cliente do caixa.


“Ficou 70 reais. Você pagou com 100, então o troco é 30,” disse ela, abrindo a gaveta do caixa para pegar o valor.


Mas, antes que conseguisse alcançar o dinheiro, uma voz masculina soou firme e alta:


“NINGUÉM SE MEXE!”


Todos se viraram assustados. O homem de moletom, agora mais à frente na fila, havia sacado do bolso uma faca de cozinha.


Ele a levantou, apontando para todos no local. Sua postura, até então passiva, agora era ameaçadora. Um silêncio tenso tomou conta da loja. Clientes congelaram no lugar. Origami parou com a mão sobre o caixa aberto.


A tensão estava instaurada.


O homem armado começou a avançar pela fila, erguendo a faca.


“Encostem na parede! Todo mundo junto! Ninguém tenta nada, ou eu faço picadinho!”


As pessoas se afastaram rapidamente, com medo. Algumas levantaram as mãos, outras apenas recuaram sem tirar os olhos da lâmina.


Ele chegou no caixa, olhou para a mulher que estava sendo atendida por Origami e apontou com a faca:


“Você. Sai daí.”


Assustada, a mulher se afastou às pressas, ficando ao lado dos outros clientes.


O homem então virou-se para Origami.


“Boneca... quem é o dono daqui?”


Origami, com uma expressão chibi impassível, levantou calmamente o dedo e apontou para o chefe, que estava um pouco mais atrás, completamente branco de medo.


O homem gritou com autoridade, sem hesitar:


“Você aí, chefão! Manda essa boneca me dar o dinheiro do caixa ou eu passo o serol em todo mundo aqui dentro!”


O chefe, tremendo da cabeça aos pés, gaguejou enquanto se aproximava lentamente:


“P-pelo amor de Deus, Origami, dá o dinheiro pra ele! Não reage, só faz o que ele tá pedindo!”


Origami, ainda com sua expressão chibi e voz calma, respondeu:


“Se o senhor mandou...”


Ela abriu a gaveta do caixa com um clique e começou a juntar todo o dinheiro com uma tranquilidade surpreendente.


“Quer que eu bote numa sacola?” — perguntou ela, olhando diretamente para o assaltante.


Ele respondeu, firme:


“Sim. Uma grande.”


Origami colocou o dinheiro dentro de uma sacola plástica marrom — daquelas que geralmente usam para embalar pães.


Ela entregou a sacola para o homem, que agradeceu com um aceno. Antes de sair, ele ergueu a faca ameaçadoramente e avisou a todos:


“Nenhum de vocês faça escândalo, ou todos vão morrer aqui!”


Quando estava prestes a sair, percebeu algo que não tinha reparado antes: ao lado do caixa havia uma máquina com salsichas crocantes.


Ele se virou para Origami e perguntou:


“Essas são as salsichas crocantes? Uma das melhores do mercado, né?”


Origami apenas acenou com a cabeça, sem desviar o olhar.


“Vou levar uma,” falou ele, se aproximando da máquina.


“Se fosse eu, tomaria cuidado,” respondeu Origami, com um tom descontraído.


O homem pegou uma salsicha no palito da máquina, abaixou a máscara preta e começou a aproximar a salsicha da boca.


“Porque essas salsichas ficaram até agora na máquina, então estão bem fresquinhas e quentes,” explicou Origami.


Quando o homem só encostou o lábio na salsicha, ele gritou de repente, fazendo a salsicha voar pelos ares enquanto tossia:


“Quente! QUENTE! Que merda, quente!” — gritou, tossindo sem parar.


A salsicha girava no ar, prestes a cair no chão...


Até que uma mão firme a segurou pelo palito no último instante.


Era Luís. Com a mão esquerda, ele segurava a salsicha, enquanto encarava o homem ainda tossindo.


“Aí, seu otário... sabe quanto essa salsicha custa? E o quanto ela é boa?” — falou com firmeza, andando lentamente até ficar de frente com o assaltante.


O homem, ainda com a mão na garganta e olhos lacrimejando, murmurou:


“Q-quem é você?”


Luís olhou diretamente para ele e respondeu com calma:


“Meu nome pouco importa. O que importa agora é que você... ameaçou todo mundo aqui, roubou meu salário...” — ele levantou a salsicha — “...e ainda tentou desperdiçar uma dessas maravilhas.”


Ele olhou para o alimento como se estivesse prestes a dar um sermão.


“Tão apetitosa. Tão cremosa...”


Nesse momento, ele levantou a mão direita e fez um gesto marcante: o polegar e o indicador formavam um círculo na frente do olho direito, enquanto os outros três dedos estavam estendidos como uma espécie de marca registrada.


Encarando diretamente o assaltante, Luís completou com firmeza:


“É por isso que... você agora é minha presa.”


O homem fez uma careta furiosa. Ele pegou rapidamente a sacola de dinheiro, que havia deixado no chão, e a jogou no balcão do caixa com raiva.


Com a mão esquerda, segurou firme a faca, gritou com ódio nos olhos:


“VOU TE MATAR, SEU MERDINHA!”


Ele partiu correndo em direção a Luís, que estava parado na entrada da Seção 1, pronto para o que viesse.


O assaltante tentou esfaquear a cabeça de Luís com força, mas o jovem desviou com uma agilidade quase sobre-humana — um passo seco para o lado direito, no último segundo.


A lâmina passou raspando, mas em vez de atingir Luís... cortou uma pequena parte da salsicha crocante que ele ainda segurava.


Foi o bastante.


PLOC!

Um jato de molho escuro e grosso saiu do interior da salsicha e acertou em cheio os dois olhos do assaltante.


Nesse instante, a câmera corta para uma embalagem das salsichas na prateleira, onde, na parte de trás, se lê:


“Molho Especial: Levemente picante, com toque de pimentas artesanais, vinagre e especiarias orientais. Evite contato com os olhos.”


O homem gritou alto:


“AHHHHHHHHHHH!”


Caiu de joelhos no chão, largando a faca, enquanto usava as duas mãos para tentar limpar os olhos, que ardiam violentamente.


Ele começou a grunhir, debatendo-se no chão:


“AAARRGHH! MEUS OLHOS! QUE INFERNO É ESSE?!”


Luís, calmo, deu uma risada sarcástica. Levantou levemente a sobrancelha e disse:


“Pelo visto... você nunca comeu uma dessas.” — levantou a salsicha como se fosse um troféu.


“Porque todo mundo que já provou sabe...” — ele deu uma mordida firme e falou de boca cheia — “...que se o molho pegar no olho, meu amigo, é sal na ferida.”


O homem, ainda ajoelhado, com os olhos vermelhos e ardendo em dor, escutava os risos de Luís ecoando pela loja. Mesmo grunhindo de dor, com a respiração ofegante, ele forçou o corpo para a frente, tentando alcançar a faca que havia caído a poucos passos dele.


Quando seus dedos finalmente tocaram no cabo da faca com a mão esquerda...

PÁ!

Um pé desceu com força sobre sua mão.


Ele gemeu alto de dor.


“OHHH... desgraçado...” — murmurou, forçando os olhos para cima.


Aos poucos, através da visão turva e embaçada, ele enxergou Luís de pé, imponente, olhando para ele de cima com uma expressão séria.


Luís pressionou o pé com mais força na mão do homem, fazendo-o gritar entre os dentes, e então esticou a outra mão, puxando com firmeza o boné que, incrivelmente, ainda permanecia em sua cabeça.


Ao tirar o boné, Luís agarrou os cabelos do homem e puxou sua cabeça para cima, forçando-o a encará-lo.


Ele não disse nada... apenas sorriu.


Um sorriso frio, provocativo, satisfeito.


O homem, mesmo com o rosto coberto de molho e dor, ainda teve forças para murmurar com raiva:


“Eu... ainda vou... te matar...”


Luís inclinou levemente a cabeça e respondeu, sem mudar o tom:


“Cansei de brincar com você, cara.”


Ele então tirou o pé da mão do assaltante, segurou o homem com firmeza e — para espanto geral — o levantou e jogou sobre os ombros, como se fosse uma boneca de pano.


Com um giro poderoso, girou o homem em volta de si três vezes, e então...

ARREMESSOU com toda a força em direção à prateleira da Seção 1.


CRASH!!!


O impacto foi brutal.


O corpo do assaltante bateu contra a prateleira com tamanha violência que ela desabou inteira, e o choque gerou um efeito dominó. Uma a uma, as outras três prateleiras desmoronaram em sequência, espalhando produtos, estourando embalagens, latas rolando por todos os cantos.


Um silêncio tomou conta da loja.


Todos os clientes e até o chefe ficaram paralisados, sem acreditar no que acabaram de ver.


“Acho que exagerei,” falou Luís, pegando a salsicha que havia deixado no balcão antes de transformar o homem em “boneca humana”. Ele deu uma mordida, apreciando o sabor enquanto observava o estrago ao seu redor.


“Até que poderia ter sido pior,” comentou Origami, cruzando os braços, porém com um leve sorriso.


“Mandou bem,” ela completou.


Nesse instante, o chefe apareceu correndo, o rosto vermelho de raiva, gritando:


“LUÍS GUILHERME, VOCÊ DESTRUIU MINHA LOJA!”


“Calma, chefia, foram só umas prateleiras quebradas. Veja pelo lado bom: todos estão salvos, então… de nada,” respondeu Luís, dando de ombros.


“DE NADA? EU TINHA DITO ISSO MINUTOS ATRÁS, E ESSE FOI O PREGO NO SEU CAIXÃO, PORQUE VOCÊ ESTÁ DEMITIDO!” rugiu o chefe.


Luís encolheu os ombros e disse, sem perder a pose:


“Tá certo. Eu mesmo não gostava daqui, seu picareta! E, convenhamos, esses uniformes são ridículos.”


Ele começou a desabotoar a camisa do uniforme, arrancando-a com teatralidade. Os clientes que assistiam à cena ficaram boquiabertos, chocados ao vê-lo se “despir” do traje de trabalho. Origami, por sua vez, mordeu o lábio, tentando não olhar de maneira indiscreta.


Mas, para surpresa de todos, Luís revelou que estava usando uma roupa por baixo: uma camisa branca de linho, de gola simples e botões, que balançava levemente com a brisa. Sua calça social marrom-escura, de corte vintage e cintura alta, já o aguardava, sustentada por suspensórios marrons perfeitamente alinhados sobre a camisa.


Depois de trocar de roupa, Luís pegou o uniforme antigo e o arremessou em direção ao chefe enquanto passava por ele, dizendo:


“Chefia, tô pegando meu 13º salário com essas salsichas!”


Ele se aproximou da máquina, agarrou três salsichas crocantes e começou a comê-las, satisfeito, antes de sair da loja.


O chefe, visivelmente furioso, murmurou para si mesmo, analisando o caos em que sua loja se convertera.


Então ele se recompôs, virou-se para os clientes e tentou acalmar a situação:


“Pessoal, por favor, mantenham a calma...”


Enquanto isso, olhou para Origami e pediu:


“Origami, tem como ligar para a polícia e tentar limpar essa bagunça?”


Origami, fazendo sua carinha em estilo chibi, balançou a cabeça e respondeu:


“Foi mal, mas eu... me demito.”


“O-ó quê? Por quê?” — gaguejou o chefe.


“Isso não te interessa.” — retrucou ela, saindo do balcão e caminhando até a porta.


“Tenha um bom dia, seu Rodrigues.” — ela completou, já fora da loja.


Rodrigues, agora identificado como o chefe, ficou parado, vermelho de raiva e com a expressão mais amarga possível, observando a dupla sair e levando consigo a serenidade que restava.







Continua...


Nota do Autor: Acho que vou demorar um pouco para publicar o próximo capítulo, pois estarei ocupado até, sei lá, quinta-feira.

De resto, espero que você tenha gostado! 🐦

1 Comentários

  1. Aqui vemos o surgimento de um novo personagem nesse enredo intrigante e instigante ao mesmo tempo.

    O funcionário Luiz , a exemplo do prefeito Issei, também nao éum humano qualquer.

    Resea saber se ambos possuem ligação entre si , ou não.

    O episódio teve uma dinâmica de ação muito bem escrita, onde pude vislumbrar cada cena, tamanha a riqueza de detalhes.

    Lugi está indo muito bem!

    Parabéns!

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