Jiraiya R #02. Complicações

Olá Tokuleitores! Gostaram da reestréia do Jiraiya R?
Eu também, tanto que decidi lançar dois capítulos por semana, um na Segunda e outro na Sexta, pois quero também apresentar logo as novidades que vem por aí.
Então, vamos ao que interessa! Que venha o segundo capítulo dessa saga.
Boa leitura!

Jiraiya R #2
Complicações.

Dentro de uma fábrica abandonada e cercado pelas chamas, Jiraiya estudava seus adversários.

- Crá!...Pensou que tinha... Crá!... Se livrado da gente não é?

 
- A Tríade... Crá!... Dos Devil Crows, não morre fácil !

 
- E agora, você não tem como escapar. Crá!

 
- E esse não é meu desejo. - Os inimigos se surpreenderam com a calma na voz do herói - Eu já sabia que isso era uma armadilha. Então, se quiserem facilitar, contem logo quem criou vocês e mandou me atacar.

- Crá!...Nunca! - Eles gritaram em uníssono, sacando suas espadas e partindo para o ataque.

Com extrema facilidade, Jiraiya se defendeu do primeiro oponente, girando nas costas do segundo e acertando um chute no peito do terceiro, fazendo com que eles se afastassem, trombando uns nos outros.

Todos pararam em posição defensiva, estavam visivelmente surpresos com as habilidades e força do inimigo que haviam derrotado tão facilmente antes. Quando estavam para atacar mais uma vez uma vigorosa voz ecoou.

- Parem! - Alguém saltou do teto da fábrica, caindo ao lado de Jiraiya e causando imensa surpresa nos Devil Crows - Eu sou... Junin Barão Owl!

- Mas hein? Crá!...Não pode ser! Você tá morto!

E o outro Devil Cro. w retrucou:

- Retardado! - E ele acertou um tapa na cabeça de seu irmão - Crá! ... É só reparar na roupa... Crá!

Jiraiya reconheceu imediatamente quem era o recém-chegado, o que fez sua mente viajar até o passado recente.

XXX

Toha fez uma pequena oração enquanto as chamas consumiam o corpo de seu velho amigo. Em meio às ruínas de Stonehenge, como ele havia pedido em seu testamento, o corpo do Barão Owl foi cremado.

 
Horas depois Jiraiya já estava em Londres diante do endereço que seu irmão havia lhe passado "tenho que agradecer muito ao Manabu. Ele acertou tudo direitinho, até mandou cartas aos nossos amigos relatando tudo... Será que tá precisando de dinheiro? Hum... É aqui”.

Ele tocou a campainha e um jovem loiro, aparentando pouco mais de vinte, atendeu.

 
- Olá, você é Jonh Moore?

 
- Sim, e quem quer saber?

- Desculpe, não me apresentei... Sou Toha Yamashi.

O jovem arregalou os olhos e deu espaço para que o visitante pudesse entrar:

 
- Então o dia chegou... Imagino que você tenha alguma coisa para mim...

- Hã... Sim. - e apesar da surpresa, Toha entregou um pacote com a espada, o capacete e um pequeno livro, que pertenciam ao Barão Owl.

O rapaz abriu o pacote e depois de conferir o conteúdo disse:

- Exatamente como meu pai disse que seria - Diante da dúvida no rosto de seu visitante ele continuou - Desculpe minha falta de educação, entre. Quer um chá?

 
Durante o chá, Jonh revelou que já vinha sendo treinado por seu pai há anos, desde antes dele encontrar com Jiraiya pela primeira vez.[1]

Depois da derrota de Dokussai, o treinamento se intensificara e o Barão começou a preparar o filho para tomar seu lugar. Infelizmente Jonh não se concentrava o suficiente, pois aspirava outras realizações que, com certeza, não consistiam em ser um guerreiro. Mesmo assim ele continuou a treinar junto com seu pai, uma vez que nesses momentos eles forjaram um verdadeiro relacionamento.

Jiraiya e Jonh então conversaram durante horas sobre o herói, o amigo e o pai que ambos e o mundo perderam, ficando em silêncio respeitoso algumas vezes. No dia seguinte, Toha pegou um avião e voltou para casa, pois havia muitos assuntos pendentes esperando por ele.

Ao chegar no Dojo, ele descobriu um bilhete onde estava escrito: Se quiser respostas, venha à velha fábrica abandonada da Honda. Crá!

- Ficaram mais fortes, mas continuam burros... - Sussurrou o sucessor de Togakure.

Horas depois ele se dirigiu ao local indicado e, ao chegar, foi cercado por uma muralha de chamas criada pela Tríade dos Devil Crows.

Toha e os inimigos se entreolhavam quando, de repente, um guerreiro portando um conhecido elmo dourado invadiu o local.

XXX

- Então, parece que tomou uma decisão...

 
O novo Barão Owl só teve tempo para um rápido aceno com a cabeça, pois logo teve que se defender de um golpe que quase arrancou sua cabeça.

Se recuperando imediatamente, ele escapou de outro ataque e fez um corte na perna esquerda de seu oponente, que se afastou um pouco, preparando para avançar outra vez.

Enquanto isso, Jiraiya se defendia de um ataque duplo, acertando o braço de um dos inimigos e levando um chute no peito de outro. Girando o corpo, ele conseguiu acertar um pontapé no queixo do Devil Crow que o atingira para só então ficar de pé a tempo de cruzar a Espada Ancestral com o outro inimigo, que avançava como um louco.

Os vilões começavam a acertar mais golpes e, para piorar, eles voavam pela fábrica se mantendo a uma distância segura de Jiraiya e Barão Owl, atacando-os com estrelas e bombas, aumentando ainda mais os ferimentos dos ninjas.

- Crá!... Nós somos demais!... Crá!

- É isso... Crá!...Aí!

- Vamos acabar com vocês agora... Crá!

Eles deram um voo rasante com as espadas em punho, prontas para acertar os dois inimigos logo abaixo que, depois de uma rápida troca de olhares, se moveram numa velocidade impossível, bem maior que a dos Devil Crows.

Os monstruosos inimigos caíram no chão, as asas sendo jogadas para longe de seus corpos, cortadas sem que eles sequer percebessem. Dois levantaram primeiro, zonzos de dor e então Jiraiya e o Barão Owl se posicionam em frente a eles.

 
- Brilho da Lâmina Ancestral - A lâmina da espada de Jiraiya emitiu um brilho azulado. - Técnica do Vento Cortante![2]

- Luz Divina! - Surpreendentemente, a espada do Barão também brilhou. - Fúria Sagrada![3]

Os dois Devil Crows foram jogados para longe e, antes de cair no chão, explodiram. Com um movimento, os dois heróis colocaram as pontas de suas espadas encostadas na garganta do último inimigo.

- Eu feri a sua perna de propósito.

- Sim, nós planejamos toda a luta. Agora você, que parece o menos burro, vai nos falar quem criou vocês, por que me atacaram e...

- E por que mataram meu pai.

Sem ter opção e engolindo o ar com dificuldade por causa das espadas, o Devil Crow começou a falar:

- Crá!.. Não fomos nós que matamos o Barão Owl... Crá! Foi quem ajudou a nos criar e...

 
- E quem é ele? - Os dois apertam um pouco mais as espadas.

- Argh... Seu nome é... Crááááááááá!

Uma estrela ninja atingiu o Devil Crow bem no meio dos olhos, emitindo em seguida uma estranha luz, que piscava em intervalos regulares, chamando a atenção de Jiraiya.

- Cuidado! - ele mal conseguiu pular e puxar o colega, antes que uma explosão acabasse com o último inimigo.

Os dois se ergueram olhando ao redor, mas não encontraram ninguém próximo e suas dúvidas pareciam aumentar. Quem seria esse novo inimigo? Como criara os Devil Crows? Quais as suas verdadeiras intenções?

Mais tarde, já em casa e pensando nos acontecimentos do dia, Toha preparava seu jantar.

Seu corpo estava dolorido, mas ele sentia-se feliz. A espada e a Armadura Ancestrais eram melhores do que ele esperava e sua comunhão com seus antecessores da arte ninja de Togakure realmente o deixou ainda mais forte. Muitas questões, entretanto, permaneciam no ar e dias sombrios estavam despontando no horizonte.

Nesse momento a campainha o assustou, fazendo com que ele quase derrubasse a panela do arroz em seus pés.

Ele foi atender, xingando e achando que devia ser o novo Barão Owl, provavelmente perdido pela cidade, mas quando a porta foi aberta, a surpresa do rapaz não podia ser maior.

 
- Você?!

XXX

Longe dali, Manabu, seguindo suas pistas, chegava a um dos piores bairros da cidade.

Ele ignorava os convites vazios de prazer, feitos pelas prostitutas locais até chegar ao seu destino: A Casa de Madame Benikiba. Ele bateu na porta e uma garota, aparentando uns dezessete anos, atendeu:

 
- Pois não? O que deseja senhor? - O sorriso dela desapareceu ao ver o distintivo.

 
- Eu preciso falar com a dona da...Hã...Casa.

- Claro. - sua voz se tornou fria, ela bateu a porta na cara do policial e, passados alguns minutos, quando ele estava para bater outra vez a porta se abriu de repente.

 
- Ora, se não é o pirralho dos Yamashi?

- Ora, se não é a "majestosa" filha de Dokussai que agora se rebaixa sendo dona de um Put...

- Casa de Lazer! Não ouse chamar meu estabelecimento por outro nome! - depois, mais calma, a mulher continuou. - Bem, o que você quer afinal... Moleque?

 
Ele contou sobre os Devil Crows e, indo direto ao assunto, perguntou se ela sabia de algo.

A resposta foi uma longa gargalhada.

- Mas é um idiota mesmo! Depois da batalha entre meu pai e seu irmão, eu fiquei entregue à própria sorte e fiz coisas que... Que eu... - ela parou e lágrimas surgiram em seus olhos. - Enfim, não tenho nada a ver com o que está me contando. E se você não tem um mandado é melhor ir embora já.

- Calma, ficar tão nervosa não vai fazer bem ao bebê - E ele apontou para a barriga de Benikiba - Eu não sabia que você e o Retsuga...

- Não é filho do Retsuga! - e então, encerrando a conversa, ela bateu a porta com violência.

Antes de ir embora Manabu olhou para uma das janelas e viu uma jovem loira, provavelmente estrangeira, que lançava um olhar desesperado de socorro.

O policial prometeu a si mesmo que voltaria em breve.

No seu quarto, Benikiba colocava a mão gentilmente no ombro de um gigante, que ameaçava pular pela janela.

 
- Não meu querido, não chegou sua vez... Deixemos outro cuidar de Jiraiya e seus amigos - Um vulto se mexeu em meio às sombras do quarto. - Você! É a sua vez!

CONTINUA...

[1] Não deixe de ler o conto Jiraiya R Especial – Barão Owl – Fé (no ar sexta feira dia 06/09/19) .

[2] Técnica do Vento Cortante: Jiraiya se posiciona com a mão e o pé esquerdos na direção do oponente, a mão direita segura a Espada Ancestral com a lâmina para baixo, paralela ao pé direito. Quando o inimigo se aproxima um pouco, ele ataca mudando a posição da espada em sua mão e formando um arco de energia que atinge seu oponente à distância, fazendo-o explodir.

[3] Técnica da Fúria Sagrada: O Barão Owl segura sua espada em frente ao corpo com a lâmina voltada para cima e quando ataca ele faz dois cortes que formam uma cruz, explodindo os inimigos.