Atenção: O texto a seguir apresenta palavras impróprias a alguns pontos de vista assim como vários pontos com conotação sexual, conteúdo considerado +18! Se você de alguma forma não se sente à vontade com isso, evite a leitura!
No ar por tempo limitado por questoes de contrato =p
Capítulo 24: Epilogo
Os dias seguintes para o loiro foram um borrão. Acordava e desmaiava em ciclos irregulares, perdido entre dor, frio e exaustão. O trem clandestino cortava terras desconhecidas, e Bryan estava preso entre o torpor e um desejo irracional de sobreviver.
Quando finalmente despertou por mais de alguns segundos, o trem já estava parado em uma estação silenciosa, envolta em bruma leve. Não tinha a mínima ideia de onde estava, apenas que aquilo não era mais a Rússia. Tremendo de frio e fome, ele caiu ao sair do vagão, o corpo fraco demais para sustentar seu peso.
Foi assim que eles o encontraram.
— Ei! Você está bem? — uma voz masculina soou distante, como se viesse do fundo de um sonho.
Bryan piscou, a visão turva captando a imagem de uma mulher loira e um homem mais velho se aproximando. As palavras eram em alemão, mas havia uma urgência preocupada no tom. A mulher ajoelhou-se ao lado dele, tirando um cachecol para envolvê-lo.
Ele tentou falar, mas apenas ruídos roucos saíram de sua garganta seca. O casal e o filho adolescente falaram algo entre si, em vozes rápidas e preocupadas. Não houve discussão: eles o levantaram e o colocaram na caminhonete, como se ele fosse um membro da família que encontraram depois de anos.
[Alguns dias depois]
Bryan acordou lentamente em uma cama confortável. Sentiu o tecido macio da blusa de lã bege e calça preta, com meias grossas cobrindo seus pés. As roupas eram diferentes do macacão de prisioneiro que ele usava.
— Onde estou? Que lugar é esse? — murmurou, confuso e tentando lembrar o que havia acontecido.
Enquanto ele tentava organizar os pensamentos, a porta do quarto se abriu suavemente. Uma mulher de aproximadamente 45 anos, com cabelos loiros presos em um coque bagunçado e olhos verdes expressivos, entrou no quarto. Mesmo com roupas simples, uma blusa preta e cachecol vermelho, ela parecia elegante e acolhedora.
— Está tudo bem, você está seguro aqui. — A voz dela era suave e reconfortante. — Você dormiu por alguns dias. Nós o encontramos desmaiando perto de um vagão de mercadorias na estação.
— V-vagão? — Bryan tentou juntar as peças. Tudo havia acontecido rápido demais, mas uma coisa era certa: ele havia saído daquele inferno gelado.
— Não se preocupe se não se lembrar de tudo. Vai levar um tempo, mas estamos aqui para ajudá-lo. — Ela sorriu de forma calorosa. — Por agora, você é bem-vindo aqui.
— O-obrigado... — murmurou Bryan, ainda um pouco desorientado, mas aliviado.
A mulher o ajudou a descer as escadas lentamente. Na sala de estar, o marido dela esperava: um homem alto e robusto, com cabelos curtos e grisalhos nas laterais. Seus olhos estavam cansados, mas havia algo gentil na expressão dele.
— Então, Klara, ele está bem? — perguntou o homem, com a voz baixa e tranquila. — Parece que ele não se lembra de muita coisa.
Bryan se sentou no sofá, sentindo o calor da casa o envolver como um abraço silencioso.
— Mais uma vez, obrigado por me acolherem e me salvarem. Eu... Imagino que tenham perguntas. — Ele hesitou, pensando no que poderia revelar.
— Não se preocupe — disse Klara, com um sorriso compreensivo. — Conte apenas o que se sentir confortável. Não achamos que você seja uma pessoa ruim.
Bryan resumiu sua história, omitindo os detalhes sobre o ki. Klara ficou horrorizada com o que ele havia passado, enquanto Hans apenas ouvia em silêncio, a expressão séria, mas sem julgamento.
— É um milagre você ter sobrevivido a tudo isso — disse Hans, balançando a cabeça. — E ainda mais impressionante que tenha conseguido embarcar naquele trem.
Narração: Não sei como aconteceram essas coisas tao rapidas, mas… Os Schulz são gente boa, estar em minha terra natal na Alemanha de certa forma me traz sentimentos bizarros, apesar de terem nomes alemães eles são canadenses, eu meio que fui adotado pela família, pelo menos por enquanto tá bom assim, a…eles tem um filho adolescente, o nome dele é Max , ele acabou me dando de presente um Nintendo 3DS já que ele tinha pelo menos mais 5 tipos diferentes, o mais legal nisso é que tinha alguns jogos de Sonic instalados já que ele era meu personagem de games favorito.
[Em algum centro de treinamento russo]
diversos homens estavam caídos ao chão enquanto Isaac estava levantando uma fila de pesos amarrados em uma corda elástica segurando em cada mão, cada peso tinha aproximadamente 200 quilos, ele revezava movimentos de soco alternando entre a mão direita e esquerda, ele estava obstinado e focado, um homem forte careca e robusto apareceu diante de Isaac em seguida, vestindo terno e calca preta.
- Está focado como sempre e sem distrações, eu gosto disso.
- Esse tipo de treinamento intenso nao é nada pra mim senhor presidente.
- Não é nada? bom..talvez tenha razão…a proposito, eu trouxe um velho conhecido meu com intuito de te testar, afinal estou investindo para que voce atinja a perfeição, uma arma perfeita.
-Não existe perfeição presidente, apenas evoluções, eu aprendi isso na minha última luta, a proposito presidente, a sua equipe conseguiu achar aquela pessoa?
- Minha equipe de inteligência secreta rondou centímetro por centímetro quadrado aos arredores do terreno Pós siniy Ad e… nao encontramos nem um corpo sequer, entretanto em um retorno de um dos nossos trems foi encontrado um macacão de prisioneiro com a numeração 5698, é possível que seu ‘’amigo’’ tenha sobrevivido e atualmente estar em algum outro país.
- 5698? é Ele mesmo…aquele sujeito nao morre nem matando. - Isaac sorriu.
- Isso agora é irrelevante, voce disse que existe apenas evolução bem…. minha suspeita é que voce ainda pode nao estar pronto para o que pretendo futuramente então, quero que conheça ele. - um homem misterioso apareceu em seguida, ele tinha cabelos prateados, uma máscara em forma de dragão que cobria da cabeça ao nariz, usava um quimono dourado com calça preta. - Ele é o ápice das artes marciais, mais do que você possa imaginar, o imperador do Karatê.
Isaac o encarava enquanto terminava de treinar seus punhos, mas ele podia sentir o quão intimidante era o mascarado. - Achava que você era apenas um boato, isso até você ser mencionado por alguém que eu quero superar.
O lutador misterioso olhou os homens caidos e disse. - Todos esses homens devo presumir que foi voce quem os deixou nesse estado tao lastimável.
- Como pode ver. - Isaac soltou as cordas elásticas de suas mãos enquanto as duas filas de pesos causaram crateras ao chão apos ter sido soltos daquela forma. - Eu sou o unico de pé aqui.
O homem de cabelos prateados sorriu e disse. - Você é bem confiante, vejo que controla muito bem sua musculatura, uma pose firme sem brechas, não há dúvidas que o presidente escolheu muito bem voce para ser moldado por ele.
Isaac se mantem posicionado e disse. - Não vai se preparar para atacar?
- Eu não preciso, a menos que você me surpreenda.
- Você quer que eu surpreenda você, entao, que tal isso? - Isaac voou em direção para agarrar as áreas poplíteas do lutador mascarado mas, Isaac caiu de frente nao entendendo o que aconteceu, era como se isaac tivesse tentando pegar um fantasma naquele momento.
- O que houve? eu desviei rápido demais pra você?
- Como assim? voce nem se mexeu. - Isaac disse espantado.
- Voce apenas acha que fiquei parado. - O lutador mascarado apenas fez um movimento basico com o palmo de sua mao direita fazendo deixar uma marca projetada do palmo aberto energético que se moveu tao rapido a ponto de isaac nao ver o golpe, o golpe derradeiro acertou o peitoral de isaac que o fazia cair de joelhos.
- Esse é o nivel do seu lutador, senhor presidente? - O imperador do karatê o olhou com superioridade. - Bem longe de ser alguém adequado para parar o projeto Ares.
- V ... Você ainda nao viu nada,. - Isaac buscou forças para se levantar e por instinto sua aura dourada ja estava emanando ao redor do seu corpo.
- Entendi, então você também um descendente indireto de Alexandre? Parece que você conseguiu me surpreender, mesmo que um pouco.
- Eu admito que baixei a guarda, mas isso nao vai acontecer de…
Isaac é interrompido com apenas um soco no estomago quando o lutador misterioso moveu-se tão depressa em direção ao antigo campeão de Siniy Ad.
- Isso não vai acontecer de novo, era isso que ia dizer? - Disse o imperador do karatê.
O presidente entao apareceu diante dos dois dizendo. - Acho que já está bom por hoje. - Ele olhou para Isaac e disse. - Então Isaac, sentiu na pele o quão voce tem muito que crescer ainda?
- E, então - Ele cuspiu sangue durante sua fala. - Então esse é o mesmo cara que a pessoa que quero superar atualmente falou a respeito. - Então Isaac pensou - “Gaiden, se voce o encontra agora, na certa voce seria morto.
O imperador do Karatê então se aproximou e disse. - Não é que voce seja fraco, Eu ainda te elogo pois nao é qualquer um que nao basta apenas ser um descendente de Alexandre o Grade, mas conseguir emanar a aura herdada dele mas, essa aura ainda é incompleta e para o nivel do que que sao os envolvidos no projeto ares, voce ainda está bem longe de se igualar a eles, mas a propósito, um comentário seu me chamou a atençao.
- Como assim?
- O presidente mencionou que voce só havia sido derrotado uma vez a poucos dias atras e pouco depois voce mencionou sobre superar alguém, eu presumo que seja o mesmo que te derrotou antes, qual é o nome dele?
Isaac então sorriu e disse - Gaiden, Bryan Gaiden.
- Um Gaiden? se for a família que penso, então o boato de todos os membros daquela familia não estão exatamente todos mortos. - Ele então sorriu. - Se for esse o caso , vou tentar me lembrar disso.
Ele então olhou ao presidente disse. - Senhor presidente, acho que em termos de favores estamos quites, eu testei o seu garoto, ele tem muito que crescer ainda e você me confirmou não apenas indícios do projeto ares, mas que o dragão negro vai promover um evento bem grande mundialmente, acho que vou acabar com a festinha deles e moldar as coisas do meu modo, mas…ainda sim uma coisa não bate, por que está me ajudando com essas informações tão preciosas?
- Existe um ditado que diz… o inimigo do meu inimigo, é meu aliado.
[Algum tempo depois]
[Em alguma rua no Canadá]
Bryan estava caminhando meio sem rumo, após seu expediente como garçom na lanchonete de sua ‘’familia atual’’, ele sabia que eventualmente eles podiam ficar em perigo, como se as preocupaçoes não parassem de surgir, ele acaba se reencontrando com sua musa, a unica mulher que ele mais ama nesse mundo. Passaram brevemente um pelo outro como se nao se conhecessem, pelo menos por alguns segundos.
Miyuki estava de pé, de costas para Bryan, com as mãos nos bolsos do casaco beje. O vento frio soprava, espalhando alguns fios soltos do cabelo marrom ao redor do rosto. Ao ouvir seus passos, ela se virou lentamente, e por um momento os olhares deles se encontraram mudos, desconfortáveis.
— Então... foi por luta clandestina de novo? — A voz dela soava controlada, mas havia uma ponta de desapontamento escondida ali, como se fosse um peso familiar, algo que ela já conhecia.
Bryan sustentou o olhar por alguns segundos, depois desviou para o chão, a expressão indecifrável. Ele podia sentir o gelo no ar entre eles, um abismo de coisas não ditas. A verdade queimava em sua garganta, mas ele sabia que não podia deixá-la escapar.
— É... sim. Foi mesmo por isso. — Ele mentiu, a voz baixa, como se quisesse que as palavras desaparecessem assim que saíssem.
Miyuki o encarou por um momento mais longo do que ele gostaria. Havia uma sombra de dúvida nos olhos dela, ela sabia que ele estava mentindo, mas preferiu ouvir da boca dele.
— Por que não me conta a verdade? — perguntou finalmente. Não havia raiva, apenas um cansaço antigo.
Bryan fechou os olhos por um instante. Era mais fácil deixá-la acreditar na mentira. Se ela soubesse o que realmente estava acontecendo, ela e o irmão poderiam se tornar alvos.
— Não tem mais o que falar, Miyuki. Foi mal por estragar as coisas como sempre. — As palavras saíram mais frias do que Bryan pretendia, mas ele não conseguiu evitar.
Ela suspirou, balançando a cabeça, como se esperasse por isso.
— Tudo bem... Quando você estiver pronto, você me conta. — A voz dela era calma, mas havia algo quebrado ali, uma tristeza contida.
Bryan apenas acenou com a cabeça, sem coragem de olhar nos olhos dela novamente. O vento parecia preencher o silêncio entre eles, trazendo uma sensação agridoce de algo que não podia ser consertado naquele momento.
— Até mais, Bryan. - Ela murmurou, virando-se e caminhando para longe, os passos ecoando de maneira suave na calçada fria.
Bryan ficou parado, olhando enquanto ela desaparecia na bruma, sentindo que, de alguma forma, esse encontro era mais um adeus do que um recomeço. Mesmo sabendo que mentir era a única opção para mantê-la segura, a culpa pesava em seu peito.
2 Comentários
Grande Kiske!
ResponderExcluirFico feliz por você ter terminado Siniy-Ad e , em breve transformá-lo em um livro.
Bryan saiu daquele inferno, sobrevivendo a todo o tipo de provações e desafios, mas pelo visto,perdeu quem ama.
Já diz o ditado:
Não se pode ter tudo...
Parabéns por essa conquista e obrigado por compartilhar o seu talento conosco.
vai ter um pequeno extra nos proximos dias :D
Excluir